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Monção

Monção/Educação: PSD diz que ‘foi a direita que resolveu’ – PS dá mérito à ‘ameaça de bomba atómica’

12 Outubro, 2015 - 18:41

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Social-democratas dizem que ‘PS não merece ser poder em Monção’. Declarações de Paulo Esteves à Vale do Minho subiram ao palco político monçanense.

“Foi a direita que resolveu o problema da comunidade escolar de Monção”, atirou o vereador António Barbosa. “Se não fosse a ameaça da ‘bomba atómica’ isto não se tinha resolvido”, respondeu Augusto Domingues. PSD e PS, respetivamente, arregaçaram as mangas e fizeram esta segunda-feira um autêntico ‘braço-de-ferro’ em reunião do Executivo Municipal. No centro da discussão, a tomada de posse do novo diretor do Agrupamento de Escolas de Monção.
De baterias apontadas aos socialistas, o vereador António Barbosa voltou a chumbar a posição tomada pelo PS na Assembleia Municipal do passado dia 25 de setembro [ler notícia aqui: https://www.radiovaledominho.com/#!news-25594]. “O PS tomou a posição que era a esperada por toda a gente. A de um partido fraco e a de um partido que demonstra, mais uma vez, que não merece ser poder em Monção e que não tem competência para governar uma Câmara”, disse o autarca ‘laranja’. “Fiz aquilo que não me caberia e a que não seria obrigado, até porque os vereadores nas Assembleias Municipais não têm qualquer possibilidade de poder falar a não ser quando a sua honra é atacada. Nesse sentido pedi autorização especial ao presidente de Câmara e ao presidente da Assembleia. Dei a cara pelo grupo porque é assim que se faz”, sublinhou o vereador. “Se a coisa corresse mal, era António Barbosa que politicamente teria o seu futuro posto em causa. Fi-lo porque estive sempre envolvido na resolução da comunidade escolar”, frisou o autarca do PSD.

Barbosa lamenta “comunicados” vindos do PS

António Barbosa abordou de seguida “comunicados lamentáveis” vindos a público por parte do PS após essa Assembleia Municipal. Paulo Esteves, vereador com o pelouro da Educação e a rádio Vale do Minho tornaram-se o alvo das críticas do vereador social-democrata. “Na passada quinta-feira saiu em toda a imprensa nacional a questão da homologação do professor Sérgio Nascimento Gonçalves. Tenho aqui que deixar uma palavra, peço perdão, à Rádio Vale do Minho pela posição de nada ajudar e lançar poeira a este processo. Saíram 20 notícias em órgãos de comunicação com responsabilidade e com isenção e conseguiram ir buscar a única notícia [Jornal de Notícias] que na sexta-feira foi plantada estrategicamente para plantá-la também na Rádio Vale do Minho [ler notícia aqui: https://www.radiovaledominho.com/#!news-25698]”, disse. “Tenho pena que o Sr.Vereador [Paulo Esteves] tenha recebido no mesmo dia um telefonema da DGEstE (Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares) e não tenha ligado para a rádio a dizer que a história da homologação é mesmo verdade”, rematou António Barbosa.
Na resposta, o vereador Paulo Esteves reportou-se às declarações que deu à rádio Vale do Minho no dia anterior à notícia veiculada pelo JN [ler notícia aqui: https://www.radiovaledominho.com/#!news-25688]. “Conhece-me bem e sabe que eu trabalho com base em evidências. Tenho-as aqui e sei bem o que disse relativamente à questão da rádio”, disse o autarca socialista que leu de seguida as declarações feitas à rádio Vale do Minho. “Sr. Vereador, tomo a liberdade de dar-lhe esta fotocópia onde o Ministro Nuno Crato diz precisamente aquilo que acabo de dizer agora”. Paulo Esteves segurava nas mãos uma reprodução de uma página do JN onde estava incluída a referida notícia, que seria divulgada pelo periódico no dia seguinte. “Não inventei coisa nenhuma! Como vê, estou munido de evidências e não falo de cor”, realçou Paulo Esteves que fez questão ainda de dizer que falou aos microfones da Vale do Minho como vereador da Educação e “com base num ofício que tenho aqui. Falei com base em evidências”.
Já no que diz respeito ao “telefonema da DGestE”, Paulo Esteves apresentou outra versão. “Liguei. Mas ninguém me atendeu. Liguei para a Dra. Maria Luísa às 9h30 e foi-me dito que «a Sra. Doutora ainda não chegou». Liguei às 10h30 e dissera-me que «a Sra. Doutora entrou para uma reunião». Liguei perto das 12h00 e «a Sra. Dra. já não está». Liguei perto das 15h00 e «a Sra. Dra. está numa reunião»”, contou o autarca. “Procurei saber de fonte fidedigna a informação que tínhamos. É evidente que não posso provar-lhe isto porque foram telefonemas que fiz. Agora que os fiz… fiz!”, exclamou. “A mesma Sra. Dra., no dia 7 de outubro, emitiu um despacho a dizer o seguinte: «Comunicação da decisão de cessação da suspensão do procedimento de homologação do resultado da eleição do Diretor do Agrupamento de Escolas de Monção». Procurei saber do que estávamos a falar e aquilo que me foi dito é que vai decorrer uma homologação tácita”, esclareceu Paulo Esteves.

Socialistas convencidos de que Crato “não disse tudo”

Também na resposta a António Barbosa, o presidente da Câmara de Monção recordou o encontro que teve com o Ministro da Educação no passado dia 18 de Setembro [ler notícia aqui: https://www.radiovaledominho.com/#!news-25545]. O autarca mostrou-se convencido de que Nuno Crato terá ocultado informações. “O Sr. Ministro não me disse tudo. Não me disse que parece que estava à espera de uma resolução do Tribunal para decidir. O que aconteceu não é uma homologação normal. É uma homologação tácita”, apontou Augusto Domingues. “Ainda depende de um resultado que está em contencioso. Imaginemos que esse processo dá por nulo o resultado das eleições. Voltamos à estaca zero! Voltamos à confusão! E eu espero bem que não”, alertou o edil.
Mais discreto nesta reunião do Executivo, o vereador pelo CDS-PP mostrou-se obviamente feliz com esta tomada de posse. Abel Batista recordou apenas o que já tinha referido anteriormente, no sentido de que foi resolvido “um problema administrativo”. O autarca centrista lembrou a posição que sempre tomou em relação ao corte de relações com o Ministério da Educação [votou sempre contra]. Defendeu que seria “um problema em cima de um problema”. A justificar, o vereador centrista apontou à rádio Vale do Minho “um bom funcionamento da delegação competências no Município, onde temos pessoal não docente, atividades extra-curriculares e onde temos a manutenção dos edifícios escolares. É uma situação que está a correr bem. É muito melhor em termos de proximidade do que se for feita pela Administração Central. Mudar um vidro torna-se muito mais complicado se tiver de pedir-se à Delegação Regional para mandar alguém cá verificar o vidro a ser mudado, quando isto pode perfeitamente ser feito pelos serviços do Município através da delegação de competências”. Por outro lado, continuou o autarca do CDS/PP, “o pessoal não docente das escolas seria muito melhor sendo de proximidade” do que estar na dependência do poder central.

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