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Monção

Monção/Deputado do PS avisa PSD: «Não queiram ser pais dos filhos dos outros»

25 Abril, 2017 - 16:09

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«A demagogia e a mentira política já fizeram o seu percurso, infelizmente, durante quatro anos, com o anterior governo de direita», disse Monteiro Alves.

“Não queiram ser pais dos filhos dos outros”. O aviso foi deixado esta terça-feira pelo deputado socialista José Adriano Monteiro Alves ao PSD, em sessão ordinária da Assembleia Municipal de Monção. Num discurso inflamado, Monteiro Alves mostrou-se revoltado com a publicação num jornal local de alegadas vitórias políticas que os sociais-democratas dizem ter conquistado nos últimos quatro anos. “O sintético dos Raianos, o Centro Cultural Vale do Mouro, as transferências para as freguesias, o apoio às IPSS e às coletividades são usurpados na sua paternidade, com um objetivo claramente eleitoralista”, acusou Monteiro Alves. “Agora, que se aproximam as eleições, já é conveniente reivindicar o papel de pai. Mas as pessoas lembram-se. Lembram-se de quem votou a favor para que muitas destas obras fossem uma realidade. Lembram-se de quem efetivamente lutou para que às freguesias lhes fosse disponibilizado um maior valor de transferências. Lembram-se de quem esteve e votou favoravelmente nas transferências para as associações de coletividades”, continuou o deputado socialista.
De baterias apontadas à direita, Monteiro Alves abriu inevitavelmente o «baú de memórias». “As pessoas lembram-se de quem votou contra o orçamento de 2014, alegando agora a paternidade do aumento das transferências para as freguesias, quando na altura as sete razões para o chumbo nada referiam sobre o assunto”, atirou. “As pessoas lembram-se ainda dos orçamentos de 2015 e 2016, votado favoravelmente pelos vereadores do PS, tendo inclusive o CDS-PP votado contra”, continuou.
Taxativo, o deputado acredita que os eleitores “lembram-se de quem assumiu o verdadeiro papel de pai presente. E esses foram, sem dúvida, o Sr. presidente da Câmara e os vereadores do Partido Socialista”. “Haja decoro! Na política não deve valer tudo”, disparou Monteiro Alves. “A demagogia e a mentira política já fizeram o seu percurso, infelizmente, durante quatro anos, com o anterior governo de direita [coligação PSD/CDS-PP]”. “Não queremos em Monção réplicas e resquícios dessa famigerada prática”, concluiu.
Do lado da bancada do PSD não surgiu qualquer reação. A Rádio Vale do Minho instou mesmo uma deputada do PSD a comentar estas palavras, mas a social-democrata optou pelo silêncio.
Foi então a vez do presidente da Câmara tomar a palavra. Augusto Domingues foi pragmático. “Tenho confiança de que as pessoas são inteligentes. Cada vez estão mais informadas e vão decidir (e bem!). O povo não serve só quando vota em nós”, sublinhou o edil socialista. “Em todas as inaugurações feitas há lá uma placa. E na placa tem lá escrito Augusto de Oliveira Domingues. Portanto, não estou de sobremaneira preocupado. Cada um luta politicamente como entende. Depois, as pessoas aferem e votam”, finalizou o autarca monçanense.
De referir que, também durante esta sessão ordinária da Assembleia Municipal, foram aprovados por maioria os documentos de prestações de contas relativas a 2016.

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