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Monção

Monção/Autárquicas: Barbosa aclamado como herói sucessor de Deu-la-Deu

10 Junho, 2017 - 03:41

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Candidato pelo PSD à Câmara de Monção realizou apresentação oficial esta sexta-feira.

Cantou-se o hino nacional. Milhares de papelinhos soprados pelos «canudos» esvoaçaram por todos os lados. António Barbosa, abraçado à esposa e com as duas filhas, saudava os cerca de mil apoiantes da sua candidatura à Câmara de Monção que esta sexta-feira encheram por completo a tenda montada na Praça Deu-la-Deu, em pleno centro da vila. A voz de Nelly Furtado ecoou pelo ar. Todos sabiam a letra… ou pelo menos o refrão. Mas desta vez alusivo à “força” mostrada pelo PSD naquela que foi a primeira noite da caminhada até às eleições autárquicas do dia 1 de outubro. Por trás de António Barbosa, num enorme ecrã gigante, a bandeira nacional agitava-se. Aplausos. Muitos aplausos e vivas ao candidato.
Mas isto foi no fim. O cair do pano apoteótico de uma sessão onde Barbosa entrou com «pesos pesados» do partido a elogiar o candidato. No enorme ecrã começou por surgir Marques Mendes. “Nas últimas eleições autárquicas, António Barbosa obteve um grande resultado e merece uma segunda oportunidade. António Barbosa é um candidato como deve ser. É jovem e por isso tem dinamismo e irreverência”, disse o antigo presidente do PSD. Do mesmo modo, na tela, apareceu o eurodeputado Paulo Rangel. “António Barbosa significa a modernidade e a prosperidade europeia. É alguém que põe Monção no mapa”. Ainda nesta onda mais tecnológica, surgiu também Pinto Balsemão. “Se eu votasse em Monção, votaria de certeza em António Barbosa. É o candidato do PSD, do partido que em Portugal melhor representa a necessidade e a possibilidade de conjugar os ideais da liberdade, da igualdade e da solidariedade”, referiu aquele que foi um dos fundadores do partido.

«Padrinho» dixit…

Um dos momentos altos da noite veio do discurso do presidente da Câmara dos Arcos de Valdevez, escolhido para «apadrinhar» a candidatura. “Hoje, nesta praça, com a força de António Barbosa e com a vossa força só me recordo de uma personagem de Monção. Recordo-me de Deu-la-Deu Martins”, disse João Esteves. Esta foi, recorde-se, a heroína que libertou Monção do cerco dos castelhanos durante as guerras fernandinas, no século XIV. “Salvou Monção do cerco! Salvou Monção da fome! Salvou Monção da derrota! E é isso que António Barbosa vai fazer! Também vai salvar Monção”. Ato contínuo, um enorme trovão de aplausos.
“António Barbosa não anda nisto há dois dias. Já anda nisto há muito tempo”, lembrou o edil arcuense. “Sabeis o que ele fez. Sabeis o que ele faz. E sabeis o que ele quer fazer. Sabeis que o trabalho dele é reconhecido em Monção e lá fora”, continuou. “Está altamente empenhado em transformar dificuldades em oportunidades. E quer fazê-lo com garra, com energia, com vontade e com coragem”, sublinhou João Esteves.
O presidente da Comissão Política Distrital do PSD também subiu ao palco [estrutura em forma de passerelle]. Ao palanque e de palavras firmes, Carlos Morais Vieira considerou que “falar de António Barbosa é fácil”. E justificou dizendo que “é um enorme cidadão”. “António Barbosa é, entre todos nós, o mais genuíno monçanense que conhecemos. É um cidadão de Monção sério e que gosta da sua terra. É um homem que acredita e que gosta de trabalhar para todos os cidadãos deste concelho”. Mais um estrondoso aplauso por toda a tenda.

Barbosa… headset e 360 graus

Finalmente o homem da noite. Mal o candidato foi chamado ao palco, o público levantou-se num dos mais calorosos aplausos da cerimónia. Barbosa surgiu de «headset» [estrutura com auricular e microfone incorporado fixa na cabeça do utilizador]. Estava justificado o «360º» com que batizara aquela noite. Descolou-se do palanque onde outros tinham discursado e tinha agora total liberdade de movimentos.
Barbosa, inevitavelmente, começou por desenhar «a linha» que separou o PSD da atual gestão socialista na Câmara de Monção. Para isso recuou até 2013, altura em que se candidatou pela primeira vez e perdeu por curta margem. “Depois de termos perdido a Câmara por apenas três votos, fomos convidados a ter um vereador a tempo inteiro. A resposta do PSD não poderia ser outra: não aceitamos. Não foi por orgulho bacoco! Não podemos dizer que acreditamos em ideias diferentes e depois, no dia a seguir às eleições, virem dizer que António Barbosa está na Câmara como vereador a tempo inteiro com o Engº Augusto Domingues [atual presidente de Câmara]. Com isso não contem connosco para fazer política! Nem no passado, nem no futuro! É um compromisso que vos deixo aqui esta noite”, assegurou.

As primeiras promessas

Sobre os restantes elementos que vão acompanhar António Barbosa, nada foi revelado. Para já, apenas o candidato e todo um PS a quem apontou baterias perante a plateia que o ouvia atentamente. Lembrou que, durante os últimos quarto anos, o PSD desenvolveu a iniciativa “Prestar Contas”. “Quisemos reconhecer aquilo que é o voto de cada um. Respeitámos todo e qualquer cidadão para saber exatamente aquilo que eu e os meus colegas de vereação, em conjunto com deputados municipais e Juntas de Freguesia, estivemos a fazer”, explicou.
Barbosa embalava no discurso. Avançou para as Juntas de Freguesia. “Fomos nós, durante quatro anos, conseguimos aumentar em meio milhão de euros as transferências para as Juntas de Freguesia”, disse. “A continuação deste trabalho levará a algo que considero importante: aumentarmos de forma gradual o dinheiro para as Juntas de Freguesia, de forma a permitir que a Câmara fique mais liberta no sentido de atacar os problemas estruturantes do concelho”, defendeu.
De seguida, o candidato «estendeu o mapa» e identificou aquilo que considera serem os principais problemas no concelho: “Desertificação; População Envelhecida; Falta de Investimento; Falta de Emprego; e o Minho Park”. Sobre este último, Barbosa deixou nova promessa. “Tudo irei fazer para, de uma vez por todas, resolver este problema que é gravíssimo. Tem uma dívida de milhões. Quem nos governa prometeu em 2013 cerca de 1200 postos de trabalho. Estamos em 2017 e o Minho Park ainda nem tem as portas abertas”, atirou.
No campo da Governação Autárquica, o candidato pelo PSD pretende acabar com o “fundo de maneio” existente na Câmara de Monção. Segundo revelou, cerca de mil euros para “presidente e vereadores gastarem naquilo que bem entenderem”. Barbosa defende ainda uma maior delegação de competências nas freguesias “e uma governação mais próxima das pessoas”.
Virou de imediato para a Educação e prometeu uma “vereação a tempo inteiro” só para esta área. Assumiu o compromisso de uma Câmara a oferecer os livros escolares até ao 2º ciclo. Barbosa fez as contas e explicou onde vai buscar o dinheiro. “Ao fundo de maneio que a nossa Câmara continua a autorizar ao fim destes quatro anos”. Mais um aplauso avassalador. O candidato garantiu também que, caso vença, o Plano Diretor Municipal (PDM) começa a ser revisto no dia imediatamente a seguir às eleições.

Um Pólo Universitário em Monção

Incontornavelmente, o líder social-democrata lançou duras críticas sobre o centro histórico da vila. “Não chega reabilitar. É preciso regenerar! Darmos vida ao casco histórico!”, exclamou.
António Barbosa mostrava claramente que tinha «o pisca ligado». Sinal de ultrapassagem. Mas faltava o Alvarinho… e o candidato desceu o pano com a promessa de tentar um sonho. “Tiraram-nos a exclusividade do Alvarinho. Penso que é de inteira justiça que nos tragam para Monção um Pólo Universitário, que poderá ser da Universidade do Minho, ligado à vinha e ao vinho sendo criado um Centro de Investigação para passarmos a ter um Alvarinho de cada vez maior excelência”, gizou. “Não prometo que vou trazer. Mas prometo que vou estar todos os dias a pressionar que ele venha para Monção”, concluiu.
De referir ainda que nesta sessão marcaram presença, entre outras individualidades, os três deputados pelo PSD na Assembleia da República eleitos por Viana do Castelo. Em 2013, para a Câmara Municipal de Monção, o PS obteve 37,96% dos votos. O PSD ficou logo atrás com 37,92%. A taxa de abstenção no concelho foi de 41%. As próximas eleições autárquicas realizam-se no dia 1 de outubro.

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