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Monção

Monção volta a viajar até ao século XIV a 8 e 9 de junho

22 Maio, 2019 - 07:35

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A localidade de Ponte do Mouro, pertencente às freguesias de Barbeita e Ceivães, em Monção, recebe nos próximos dias 8 e 9 de junho mais uma edição da iniciativa Ponte […]

A localidade de Ponte do Mouro, pertencente às freguesias de Barbeita e Ceivães, em Monção, recebe nos próximos dias 8 e 9 de junho mais uma edição da iniciativa Ponte do Mouro Medieval. O programa, na sua totalidade, ainda não foi divulgado mas é certo que a edição deste ano contará uma vez mais com a recriação histórica do encontro entre o rei D. João I e o Duque de Lencastre. 

O momento aconteceu em 1386. Precisamente naquele local. Estabeleceram-se as condições de cooperação militar entre os dois países, acertando-se os pormenores do casamento entre o monarca português e D. Filipa de Lencastre, filha do Duque.

Nesta viagem ao passado, os visitantes poderão apreciar e viver todo o contexto histórico da época, degustando sabores tradicionais e participando nas recriações medievais alusivas àquele período: música e danças da época, torneios, animadores de rua, espetáculos de fogo, falcoaria, cânticos à capela, demonstrações de ofícios e mercado medieval.

 

Um segundo tratado que poucos ainda conhecem

 

No entanto, pouco tempo depois deste primeiro tratado ter sido assinado, ocorreu um outro também em Monção. Nos finais do séc. XIV, Portugal e Castela andavam em guerra aberta. A batalha de Aljubarrota tinha ocorrido há pouco tempo e os nossos vizinhos não se conformavam com a abada que tinham levado. Para agravar a situação, os espanhóis almejavam um reino que estava a sair de uma crise profunda.

O rei D. Fernando, falecido em 1383, tinha deixado apenas uma filha: Beatriz, que se casou precisamente com D. João I de Castela. A malta do lado de lá do rio Minho esfregava as mãos de contente. Portugal estava sem rei. Tinha chegado a hora. Só que não. O Mestre de Avis assumiu o trono como D. João I [o nosso]. Fez-se acompanhar pelo cavaleiro D. Nuno Álvares Pereira e, em agosto de 1385, deram uma enorme tareia aos castelhanos. E isto já todos sabemos.

Por forma a aliviar a tensão entre as duas nações, D. João I e D. João de Castela decidiram marcar um encontro. Aconteceu em Monção, a 23 de novembro de 1389. De acordo com os historiadores, em tratado, os dois reis comprometeram-se a suspender as hostilidades durante três anos.

Foram restituídas reciprocamente as praças que retinham, tendo ficado neutralizadas Miranda do Douro e Sabugal que ficaram nas mãos do Prior do Hospital. “Ambos os tratados são importantes, mas o primeiro teve provavelmente um impacto maior do que o segundo. No entanto, e tendo em conta o ambiente de guerra que se vivia naqueles tempos, um tratado de paz é sempre importante”, sublinhou o presidente da Câmara de Monção, António Barbosa, à Rádio Vale do Minho.

Ainda de acordo com os vários especialistas, após a morte de D. João I – em 1433 -, o povo castelhano continuava inconformado. A guerra voltou. Invadiram Trás-os-Montes e tomaram Bragança, Vinhais e Mogadouro. E assim a espadeirada continuou pelos compêndios de História fora.

 

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