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Monção

Monção: Secretário de Estado considera Acordo do Alvarinho ‘uma opção de futuro’

3 Julho, 2015 - 19:03

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Discursos de inauguração da Feira do Alvarinho marcados pela liberalização do uso da designação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes.

O Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar considerou esta sexta-feira, em Monção, que o Acordo do Alvarinho mostra “uma opção de futuro” por parte da Sub-Região Monção e Melgaço. Nuno Vieira e Brito falava na cerimónia de abertura da Feira do Alvarinho. “Uma opção de futuro na sua internacionalização e na sua promoção, que necessita de um trabalho intenso de valorização. Um trabalho futuro de criar cada vez mais a raiz de um ‘terroir’ [território] ligado a Monção e Melgaço”, salientou o governante. “Uma noção de futuro na valorização da qualidade porque, fora do seu território, terá de ter uma maior percentagem de casta Alvarinho. Há a necessidade de encontrarmos uma marca única que valorize Monção e Melgaço”, sublinhou Nuno Vieira e Brito. “Este é o desafio que enfrentamos ao longo dos próximos anos. O Alvarinho já é de extrema qualidade mas temos de fazer com que se encontre e se identifique com a cultura da região”, referiu.
Recorde-se que, com este acordo, está dada luz verde à liberalização do uso da designação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Será um processo gradual, que decorrerá nos próximos seis anos. Os produtores de Monção e Melgaço vão receber, em contrapartida, três milhões de euros para promover os seus vinhos e marcas, também ao longo dos próximos seis anos.
Entre os vários pontos do acordo assinado, destaca-se o selo de garantia próprio do qual vão dispor os vinhos de Monção e Melgaço. Foi também imposta uma regra de lealdade de concorrência à região dos Vinhos Verdes. Todos os lotes que mencionem a casta Alvarinho terão de conter 51% desta casta se for a primeira mencionada e 30% se for a segunda – este valor era de 0,1% até agora.
O acordo do Alvarinho esteve também em destaque no discurso do presidente da Câmara de Monção. Augusto Domingues acentuou que a posição que tomou “foi devidamente ponderada e fundamentada. Ouvi a gente do vinho da nossa terra. Fiz aquilo que me aconselharam fazer”. No entanto, o edil monçanense garantiu que vai continuar alerta. “Continuo atento ao cumprimento do acordado, sobretudo ao financiamento prometido para a afirmação do território Monção/Melgaço. Este financiamento deverá ser utilizado de forma equitativa na continuidade da excelência do nosso vinho. Esse será o caminho que nos permitirá ganhar a gerra da competitividade”, defendeu Augusto Domingues.
Já Miguel Queimado, da Associação de Produtores de Alvarinho (APA), apontou que “hoje, [a Sub Região de] Monção e Melgaço afirma-se como um ramo distinto da grande família da Região dos Vinhos Verdes. Afirma-se como a marca de origem dos Alvarinhos portugueses. Afirma-se como um dos territórios portugueses com vinhos de elevada qualidade”. O responsável considerou ainda que “este longo caminho de cimentação da nossa marca coletiva, é um desafio que deve ser assumido por todos nós sem exceção”. Miguel Queimado concluiu a defender que “só com a atuação coletiva dos diferentes agentes da fileira poderemos atingir o que tanto procuramos: a criação de valor para todos. Cabe-nos a todos a responsabilidade de defender a Sub-Região”.
A edição deste ano da Feira do Alvarinho está a ter lugar no Campo da Feira, em Monção. No certame, que se prolonga até domingo, marcam presença 108 expositores divididos por uma área coberta e outra descoberta. O custo total da feira ronda os 150 mil euros, inerentes aos custos de produção, programação e divulgação. A autarquia prevê uma receita de 39 mil euros referentes aos patrocinadores oficiais, expositores e venda de copos. São esperados 70 mil visitantes.

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