Dezenas de sindicalistas manifestaram-se esta segunda-feira em frente à Santa Casa da Misericórdia de Monção exigindo a demissão do Vice-Provedor da instituição. Acusam-no de “perseguição e assédio moral” [e não sexual, conforme foi dado a entender pela generalidade da imprensa] a várias funcionárias. “Antes de tomarmos esta atitude, nós esgotámos todas as vias de diálogo com o Vice-Provedor, Armindo Ponte. Fomos recebidos apenas uma vez, pelo Provedor [Padre Agostinho Caldas Afonso], que mostrou fragilidade e medo quando lhe pedimos que transmitisse que pretendíamos uma reunião”, começou por contar aos jornalistas, Rosa Silva, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) de Viana do Castelo. “Pedimos depois uma reunião com a DGERT (Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho) onde esse senhor se comprometeu a comparecer e não compareceu”, prosseguiu.
Rodeada de manifestantes, que empunhavam cartazes e gritavam palavras de ordem, a coordenadora sindical exibiu o resultado da equação. “O Provedor, sendo um senhor de certa idade e com alguns problemas de saúde, não tem assumido esse cargo. Quem assumiu foi o Sr. Armindo Ponte com absoluta arrogância e prepotência! Tem feito pressão sobre as trabalhadoras. Destituiu algumas dos seus cargos sem motivo”, denunciou a líder do CESP de Viana do Castelo. “Entra na instituição e não cumprimenta os funcionários. Simplesmente dá recados e manda-os até dar por outras pessoas! Há trabalhadoras a ser perseguidas. Estão em psiquiatria. Nós não podemos admitir isto! Este senhor tem de demitir-se!”, atirou.
“Ele insulta-nos nas reuniões! Está sempre a humilhar-nos!”
Natália Guimarães é uma das funcionárias que está de baixa psiquiátrica. Começou a trabalhar na Santa Casa da Misericórdia de Monção há 12 anos. Entrou como ajudante de lar. Em 2008 passou para a coordenação. No entanto, há dois anos foi destituída. “Ele [Armindo Ponte] fez uma reunião coletiva e apresentou-nos as pessoas que nos iriam substituir. Até hoje nunca nos disse o porquê”, desabafou a funcionária em lágrimas. “Eu não estou assim por ele me ter destituído. Estou revoltada pela forma como fui destituída. Acho que qualquer patrão tem de dizer-nos o porquê. Fomos faladas nos corredores como tendo feito algo grave. Nunca soubemos o quê”, continuou a funcionária que transitou para uma categoria inferior – o apoio domiciliário. “Foi para fazer mais pouco de mim! Tenho um filho de 4 anos, tenho as minhas despesas e ele baixou-me o ordenado”. De baixa desde agosto do ano passado, Natália Guimarães não consegue esconder mais a revolta. “Ele insulta-nos nas reuniões! Está sempre a humilhar-nos! Trata-nos abaixo de cão e nós não somos cães!”, concluiu lavada em lágrimas.
Metros ao lado, Liliana Conde também exibe trauma causado pelas reuniões com o Vice-Provedor. “Humilha-nos! Há uns tempos atrás tivemos aqui um caso de sarna. Trabalhámos dia e noite e nunca tivemos um agradecimento da parte desse senhor”, contou aos jornalistas. “O agradecimento dele foi uma reunião onde nos disse que a sarna devia aparecer-nos na ponta da língua”. Também em tom revoltado, a funcionária não poupa críticas à falta de educação de Armindo Ponte. “É muito mal-criado! Enxovalha-nos e não faz uma única reunião para agradecer-nos o esforço que fazemos. Não valemos nada. Ele até já nos disse que nós todas não valemos por uma”, continuou.
Mesa Administrativa solidária com Armindo Ponte
Com estas medidas, recorde-se, o CESP visa “alertar a opinião pública e exigir a intervenção imediata das autoridades competentes (ACT e Ministério do Trabalho) para pôr fim às ilegalidades que ocorrem na instituição”. A coordenadora de Viana do Castelo garante que a estrutura sindical está disposta a ir até à barra dos tribunais, se tal for necessário.
Entretanto, na passada sexta-feira, a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia emitiu um comunicado onde manifesta total solidariedade com o Vice-Provedor. No documento, o órgão considera que Armindo Ponte está a ser vítima de “um ataque soez e maldoso”.
Desde a passada quinta-feira que a Rádio Vale do Minho está a tentar contactar Armindo Ponte. Todas as tentativas realizadas foram infrutíferas.
Mais uma vez fica provado que os sindicatos são um cancro no nosso país. Será que não percebem que não são precisos e só aparecem para garantir os seus tachos à custa de pobres de espírito, não se importando de nada nem de ninguém desde que consigam atingir os seus objectivos, seja na santa casa, na autoeuropa etc. Quando as empresas fecham portas como foi agora o caso da Ricon o que é que fazem? Escodem-se na toca quais cobardes.
As pessoas nào estào contentes eu digo ninguen è conpetente para se dedicaren aos nossos utentes primeiro seria obrigatorio iren fazer uma formaçào??