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Monção

Monção: PSD acusa PS de ‘postura de campanha’ – PS lamenta ‘assalto ao poder com demagogia’

20 Julho, 2016 - 20:14

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Emília Cerqueira deixou críticas à gestão socialista. Augusto Domingues reagiu com palavras demolidoras.

A deputada do PSD, eleita pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, Emília Cerqueira, critica a gestão socialista, tanto a nível local como nacional, após uma visita ao concelho de Monção. “A grande queixa que ouvimos é a falta de atenção para o essencial parecendo que cada vez mais apenas se tem uma postura de campanha eleitoral, de sound bytes, de festas e festinhas, e não de encontro aos reais problemas das populações que se sente aqui em Monção, como em outros concelhos do Alto Minho”, acusou.
Emília Cerqueira que falava à margem da visita dos deputados do PSD ao concelho de Monção, onde reuniram com empresários e instituições de caráter social, diz que ouviu queixas da “falta de apoio aos empresários. Sentimos que não há qualquer tipo de apoio da Câmara Municipal e do governo central. Sente-se um desencorajamento cada vez maior”.
Outro exemplo apontado foi o Lar de Idosos de Podame. “As verbas faltam e os responsáveis sentem que não há da parte do governo central atenção para as suas necessidades, nomeadamente para uma obra que iniciaram com uma expetativa e com a promessa de condições de a concluir. Faltam 200 mil euros e não sentem abertura de ajuda para a concluir, estando a meio por falta de apoio financeiro”. Mas aqui há, segundo Emília Cerqueira, responsabilidades da Câmara Municipal de Monção. “Bastava alocar ao centro social uma parte das verbas de uma festa para que esta obra fosse completada”.

Augusto Domingues: “PSD está a fazer um assalto ao poder com recurso à demagogia!”

Confrontado com as críticas vindas do PSD, o presidente da Câmara começou por sorrir. “Essa gente de fora não me preocupa nada. Preocupo-me quando são pessoas de Monção a dizê-lo e a criticar”, atirou desde logo Augusto Domingues. “Esses senhores vieram visitar Monção e não têm qualquer exemplo de trabalho autárquico. Que me lembre, nunca foram vereadores e muito menos presidentes de Câmara. Partem para a demagogia pura dizendo que o dinheiro que vai para as festas pagaria as necessidades”, lamentou o edil socialista à Rádio Vale do Minho. “Todos sabem perfeitamente que não é assim. O Orçamento contempla dinheiro para tudo! Acabaram até por dar um mau exemplo com o Centro Social de São Cosme e Damião onde nós temos investido muito dinheiro para que essa obra se conclua”, continuou Augusto Domingues. “Já financiámos a primeira fase e agora estamos a financiar com 120 mil euros a segunda fase. E a obra está a decorrer! Se estivesse parada, eu compreenderia as críticas…”. Taxativo, o presidente da Câmara lembrou mesmo que “quando somos visitados por gente ligada à Ação Social, todos dizem que Monção é um concelho inclusivo”. O edil socialista, desafiou por isso Emília Cerqueira “a perguntar às Câmaras do PSD quanto é que investem na Ação Social e depois comparar com o que investe Monção. Aí já não teríamos demagogia, mas política séria. E o problema do PSD é que não gosta de política séria!”, disparou Augusto Domingues.
Com um discurso demolidor, o autarca socialista não perdoou ainda as palavras da deputada ‘laranja’ sobre “falta de apoio aos empresários”. Novamente a principiar com uma gargalhada, Augusto Domingues lamenta que “eles [PSD] joguem sem ter os números na mão. Falam sem saber!”. A justificar, o autarca lembrou que “Monção não tem derrama, o lucro das empresas é todo para investimento, temos um parque empresarial já quase cheio [Minho Park], a taxa de desemprego em Monção é de apenas 8%. Monção é uma terra de oportunidades!”. De baterias apontadas à direita, o líder socialista deixou conselhos ao PSD, nomeadamente aos deputados no parlamento. “Deviam primeiro estudar os dossiers. Não falam na Assembleia da República. Não conhecem a realidade. Lançam essas atoardas e recorrem à demagogia pura para fazer um assalto ao poder!”, exclamou Augusto Domingues. “É um assalto à autarquia. Mas as autarquias não se levam de assalto! Levam-se com diálogo, com obras e com números sérios”, concluiu Augusto Domingues.

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