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Monção: PS reclama mérito nas contas – PSD diz ter evitado “que PS se pudesse esticar”

23 Abril, 2018 - 04:23

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O Executivo Municipal de Monção aprovou, em reunião de Câmara, os documentos de Prestação de Contas relativas ao ano de 2017. Números que, sintetizou o presidente da Câmara (PSD) à […]

O Executivo Municipal de Monção aprovou, em reunião de Câmara, os documentos de Prestação de Contas relativas ao ano de 2017. Números que, sintetizou o presidente da Câmara (PSD) à Rádio Vale do Minho, “são uma continuidade dos últimos quatro anos”. Uma das notas principais destacadas por António Barbosa é o abaixamento da dívida a médio e longo prazo. “Isso deve-se muito ao trabalho do PSD nos últimos quatro anos [como oposição]. Não permitimos que o PS [no poder] se auto-financiasse através da banca e sempre dissemos que estaríamos disponíveis para voltar atrás caso houvesse fundos comunitários e essa parte fosse necessária para a execução dos projetos”, lembrou o edil monçanense. Com aquilo a que chama de “parceria forte da direita”, António Barbosa orgulha-se de ter evitado que “o PS se pudesse esticar nesta matéria e temos hoje uma dívida do Município abaixo dos 5 milhões de euros”.

 

 

 

A boa saúde financeira da Câmara de Monção é atestada tanto à direita como à esquerda. Só que o PS tem uma visão diferente para justificar os números apresentados. Aos microfones da Rádio Vale do Minho, o vereador Manuel José Oliveira considera que o mérito deve-se essencialmente à gestão socialista anterior. “Quando assinou estes documentos, o próprio presidente da Câmara reconheceu o caráter de prudência que nós tivemos no Município enquanto PS. Deixámos, por isso, uma Câmara financeiramente estável, com condições para fazer-se um bom trabalho”, disse o autarca. “Deixámos candidaturas aprovadas. Deixámos dinheiro em saldo de gerência. Perdemos as eleições, mas Monção está bem! E o PS contribuiu muito para isto, que tem de ser reconhecido publicamente pelo PSD!”, atirou Manuel José Oliveira.

 

 

Só que não. Na resposta à esquerda, António Barbosa parafraseou o discurso de um munícipe na altura da intervenção do público durante a sessão camarária. “Afinal o que aconteceu no passado dia 1 de outubro?”, questionou o presidente da Câmara de forma irónica. “Se as coisas estavam assim tão bem, se foi feita obra e se o concelho andou… o que aconteceu nesse dia 1 de outubro?”, reiterou. “Será que os eleitores não têm capacidade de discernir? Ou será que essa é uma realidade virtual e que o povo viu exatamente o contrário?”, prosseguiu Barbosa à Rádio Vale do Minho. “Há uma coisa que é certa: há quatro anos perdi a Câmara por três votos, e por onde eu passava dizia que o povo é quem mais ordena. E por muito que nos custe, o povo tem sempre razão! Se em 2013 nos deu uma derrota por três votos é porque aquele não era o momento de eu ter sido eleito presidente de Câmara. O destino veio a demonstrar que o povo tinha razão. Hoje considero-me um presidente de Câmara muito mais preparado, mais maduro e com uma capacidade de encaixe muito diferente e com uma sensibilidade diferente para certas matérias do Município”, realçou António Barbosa.

 

 

Na votação, os documentos de Prestação de Contas relativos ao ano de 2017 foram aprovados por unanimidade. A documentação segue agora para a Assembleia Municipal, que votará estes números no próximo dia 30 de abril.

 

[NR: Por lapso, a Rádio Vale do Minho noticiou que a vereação socialista se absteve nesta votação. Na verdade, os três vereadores do PS votaram favoravelmente tendo a imprecisão sido prontamente corrigida. Pelo facto, as nossas desculpas]

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