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Monção: PS lamentou ausência da sessão solene do 25 de abril – PSD disposto a recuperar cerimónia

27 Abril, 2018 - 05:06

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O PS Monção lamentou esta quinta-feira, em reunião do Executivo Municipal realizada na freguesia de Abedim, a supressão da habitual sessão solene da sessão solene Assembleia Municipal comemorativa da Revolução […]

O PS Monção lamentou esta quinta-feira, em reunião do Executivo Municipal realizada na freguesia de Abedim, a supressão da habitual sessão solene da sessão solene Assembleia Municipal comemorativa da Revolução de 25 de abril. Recorde-se que o programa municipal do feriado da passada quarta-feira ficou essencialmente marcado, da parte da manhã, pela abertura da exposição No Passado, refletimos o Nosso Futuro. Durante a tarde, por um espetáculo de teatro intitulado A Grade. A vereação socialista não perdoou e, pela voz do vereador Augusto Domingues, alertou para “a necessidade de explicar aos jovens o que foi o 25 de Abril e o que era o mundo antes desse dia. Era um mundo desagradável! Era o mundo do fascismo! É preciso dizer a esta juventude para não voltarmos mais a esse mundo”. Assertivo, o autarca realçou a importância do ato solene “em que cada partido exprime as suas ideias”. Mas Augusto Domingues defendeu ainda a continuidade do almoço convívio entre todos os autarcas. “Lembrámos os autarcas antigos, os atuais. É verdade que quem paga é a Câmara, mas não será por causa de meia dúzia de euros que a Câmara ficará pobre! Isso só dignifica a democracia e as pessoas que, a ganhar pouco, muito fizeram pela nossa autarquia!”.

 

Manuel José Oliveira: “A casa da democracia é a nossa Assembleia Municipal. O nosso povo não foi representado nesse dia!

 

Também do lado da vereação socialista, Paulo Esteves apontou a necessidade da realização desta sessão solene. “Ficaria bem a realização de um ato solene. Isto sem colocar em causa nada do que foi feito, porque o que foi feito foi bem feito”, avaliou. No entanto, para o autarca à esquerda, ficou a faltar esta cerimónia “no sentido da valorização do poder local. Ao valorizá-lo estamos a valorizar as pessoas que transitoriamente estão deste lado. Hoje estaremos nós, amanhã poderemos não estar”. “Se não fossem os capitães de abril, nós não seríamos autarcas”, frisou. Da mesma opinião, o vereador Manuel José Oliveira recordou que “a casa da democracia é a nossa Assembleia Municipal. O nosso povo não foi representado nesse dia! Não gostava de voltar a ver, no futuro, outro feriado de 25 de abril sem qualquer ato solene”.

 

 

António Barbosa: “Nós este ano pensámos isto desta forma. Não ponho em causa o regresso do ato solene para além de outro tipo de eventos que façamos.”

 

Na resposta à esquerda, o presidente da Câmara (PSD) mostrou-se imediatamente aberto ao regresso da sessão comemorativa. “Nós este ano pensámos isto desta forma. No entanto, não ponho em causa o regresso do ato solene para além de outro tipo de eventos que façamos”, iniciou António Barbosa. No entanto, continuou o edil social-democrata, “celebrar o 25 de abril é mais do que fazer um ato solene! O 25 de abril foi uma revolução de gente feita na rua e foi dessa forma que o quisemos celebrar. A liberdade pode ser celebrada de várias formas e nós decidimos celebrá-la na praça mais emblemática de Monção e apresentar o futuro do concelho”.

A concluir, o presidente da Câmara reiterou a abertura de recuperar a cerimónia no próximo ano. Mas sempre defendendo que não deve ser realizada qualquer sessão da Assembleia Municipal. “Entroncada também num conjunto de iniciativas e não vejo que daí venha mal ao mundo”, finalizou António Barbosa.

 

[Fotografia: Direitos Reservados]

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