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Monção

Monção: PS e PSD reconhecem que há vários aspectos a melhorar no ‘Alvarinho Wine Fest/Lisboa’

27 Julho, 2015 - 18:11

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Da esquerda à direita, autarcas apontaram vários aspectos que impediram certame de alcançar um êxito maior.

PS e PSD de Monção reconheceram esta segunda-feira, em reunião do Executivo Municipal, que há ainda vários aspectos a melhorar em futuras edições do ‘Alvarinho Wine Fest/Lisboa’. O certame, elaborado pelo grupo Cofina, decorreu durante o passado fim-de-semana no Parque das Nações, em Lisboa. “Esteve muito bem organizado. Foi a primeira edição, mas obviamente que precisa do nosso ‘toque’. A música da animação era brasileira e terá de ser minhota”, defendeu o presidente da Câmara, Augusto Domingues. “Houve também por lá uma situação de ‘street food’ que não foi muito bem conseguida. Ou desaparece ou terá de ter outra logística”, considerou o edil socialista.
Ainda assim, o autarca considera que “foi uma feira bem mediatizada e bem frequentada. Conheci gente importante da restauração lisboeta. Foi visitada por muita gente ligada aos vinhos, sobretudo da capital. Recebemos membros do Governo, entre eles o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro. Tivemos também a visita do vice-presidente da Câmara de Lisboa e ainda do Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito”.
No entanto, de acordo com o edil, nem mesmo a presença de altas individualidades chegou para contornar alguns itens que terão impedido o certame de conseguir um êxito maior. “Nós não podemos vender na nossa Feira do Alvarinho garrafas a cinco euros e colocá-las a 10 euros em Lisboa. Famílias inteiras disseram-me que, nesse mesmo fim-de-semana, tinham visto o mesmo vinho a 4,90 euros em Alfragide. Pelo que me parece, as vendas do fumeiro foram muito boas dado que os preços foram competitivos. Nos vinhos, as vendas não tiveram sequer comparação às que se fizeram na nossa Feira do Alvarinho”, lamentou Augusto Domingues, que reconheceu ainda a possibilidade de ser mudada a data do certame no próximo ano. Para o autarca, a melhor altura para o ‘Wine Fest Alvarinho’ é “talvez entre a Festa de Melgaço e a Feira de Monção”.

PSD lembra que tinha avisado quanto à data e ao preço do bilhete

Do lado social-democrata, os reparos não podiam ser mais expectáveis. António Barbosa recordou imediatamente que o PSD tinha mostrado alguma apreensão em relação à data escolhida para o ‘Wine Fest Alvarinho’. “O mês de Julho é o mês da Feira do Alvarinho em Monção. Fazer outra feira sobre o Alvarinho fora de Monção e com publicidade nos meios de comunicação faz-me recear que, de certa forma, tire alguma visibilidade à nossa feira e acabe até por prejudicar aquilo que nós queremos que é afirmar Monção”, realçou o vereador João Garrido, em reunião do Executivo decorrida no mês passado. A visibilidade do certame monçanense não terá sido afetada. Porém, de acordo com o PSD, os efeitos negativos recaíram sobre Lisboa. “Penso que estamos todos de acordo que esta feira [de Lisboa] não pode voltar a desenrolar-se nesta altura”, sublinhou António Barbosa, já durante a reunião desta segunda-feira.
No que diz respeito ao pagamento das entradas, o PSD encontrou nos cinco euros do bilhete uma das principais causas para “a pouca afluência em relação à esperada. Dito pelos produtores, o número de visitantes não terá chegado a mil durante o sábado que era tido como o dia principal do certame”.
António Barbosa salientou que o PSD não está contra o ‘Wine Fest’. “Bem pelo contrário. Estaremos cá para apoiar tudo o que seja feito para marcar a diferença em relação a este produto endógeno. Apoiaremos esta iniciativa no futuro mas, evidentemente, com algumas alterações que são essenciais”, concluiu o vereador ‘laranja’.

Autarquia acredita que 70 mil euros vão ser financiados

O custo total deste evento rondou os 400 mil euros. Cada uma das duas autarquias, recorde-se, contribuiu com 70 mil euros. “Nós temos uma promessa de que estes 70 mil euros vão ser financiados. Espero que pague isto a 85%. Se isso acontecer, terá sido uma forma muito barata de irmos a Lisboa promover o Alvarinho”, disse Augusto Domingues. “O Alvarinho é mais do que um vinho. Referencia a nossa região. Já que perdemos pela a exclusividade, temos de impor-nos pela excelência”, continuou o presidente da Câmara. “As vendas podem não ter sido significativas, mas o charme foi”, finalizou o autarca.

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