“Foi a melhor de sempre!”. A frase foi dita e repetida inúmeras vezes ao final deste domingo pelo público e pelos produtores presentes na 22ª edição da Feira do Alvarinho em Monção. O certame, recorde-se, começou na passada sexta-feira. No Executivo Municipal havia algum receio com a chuva anunciada. No entanto, a afluência de público e a alegria contagiante foi de tal ordem que ninguém passou bola às chuvadas momentâneas que se fizeram sentir ao longo dos três dias. “Imensas pessoas, dos 8 aos 80 anos, já vieram ter comigo e com os restantes membro do Executivo a agradecer-nos pelo trabalho feito. Dizem que foi fantástico!”, referiu o presidente da Câmara de Monção, António Barbosa, à Rádio Vale do Minho. Visivelmente satisfeito o autarca monçanense mostrou-se sobretudo feliz pelo êxito da aposta em ter mudado este certame para o Parque das Caldas. “Quando estava na oposição, sempre disse que quando ganhasse a Câmara iríamos deixar de estar de costas voltadas para o rio Minho. Foi aquilo que fizemos e os resultados do que aconteceu este fim-de-semana estão bem à vista”.
António Barbosa: “Quando estava na oposição, sempre disse que quando ganhasse a Câmara iríamos deixar de estar de costas voltadas para o rio Minho.”
Para já, a autarquia ainda não dispõe de números concretos mas António Barbosa está convicto de que o número de visitantes ultrapassou largamente a média dos 50 mil que a Feira do Alvarinho vinha registando nos últimos anos. “Só durante o dia de ontem [sábado] estima-se que terão passado por aqui cerca de 25 mil pessoas. Mas o mais importante é a quantidade de gente de fora que veio até Monção!”, sublinhou o presidente da Câmara. “Uma das várias provas comentadas que tivemos neste evento esgotou a lotação [24 pessoas] e todos os participantes eram australianos. Teve de ser feita em inglês”, contou António Barbosa sorridente. “Isto diz muito sobre o trabalho realizado e da procura que o evento criou”.
A zona da restauração, outra das inovações deste ano, foi também “uma aposta ganha”. “Empresários totalmente satisfeitos!”, disse António Barbosa. Quanto a vendas, também ainda não chegaram números precisos, mas o edil monçanense adiantou já à Rádio Vale do Minho que “superou-se tudo aquilo que alguém imaginava!”.
Nos próximos dias, a autarquia deverá reunir com todo o staff do evento. “Tentar perceber o que correu bem e menos bem, no sentido de começar a preparar já a edição do próximo ano com o objetivo de catapultar esta Feira para o topo do género a nível nacional”, prosseguiu o presidente da Câmara sem disfarçar orgulho de ter recebido no telemóvel mensagens de todos os quadrantes políticos felicitando a organização e o novo local onde foi realizada a Feira.
Armando Fontaínhas: “Agora sim! Temos a verdadeira Feira do Alvarinho de Monção. É a melhor feira de vinhos de Portugal.”
O presidente da Assembleia Municipal também marcou presença no cair do pano da edição deste ano da Feira do Alvarinho. Armando Fontaínhas mostrou-se também muito satisfeito com os primeiros resultados. “Foi fantástico! Foi uma feira como nunca tivemos tanto em vendas, como em pessoas e em opiniões”, disse o também presidente da Adega Cooperativa de Monção. “Trouxemos o certame para junto das muralhas e do rio. E Monção tem de estar ligada aos dois. Agora sim! Temos a verdadeira Feira do Alvarinho de Monção. É a melhor feira de vinhos de Portugal”, avaliou o autarca.
“Ainda não acabou e já temos saudades”
Do lado dos produtores, o contentamento era geral. A pontuação máxima aparecia stand a stand, acompanhada de sorrisos que deixavam perceber desde logo que as vendas tinham corrido bem. Muito bem, mesmo. “Correu muito bem! Temos de dar os parabéns a toda a organização e à Câmara Municipal. Estava a ser um pecado não aproveitar este espaço [Parque das Caldas]”, disse Anabela Sousa, da Adega Terras de Real. “Espero que pensem nele para outros eventos, porque tem umas condições espetaculares. Foi fantástico! Estamos muito satisfeitos em termos de vendas”, acrescentou a responsável.
Mais à frente, a Adega Dom Ponciano, de Melgaço, também se mostrava muito feliz com os números alcançados. “Foi óptimo! Esta nova estrutura tem um espaço para vinhos… outro para os petiscos e um outro espaço para a restauração. Perfeito!”, atestou Rui Esteves, proprietário. “Todo o vinho que tínhamos em caixas já foi e estamos a reabastecer o stock”, acrescentou o responsável.
No stand da Quinta de Alderiz, o contentamento era também notório. António Pinheiro, proprietário, foi taxativo na avaliação. “Penso que não haverá ninguém que diga que não correu bem. Isto ainda não acabou e já temos saudades”, confessou. “É um local maravilhoso! Foi uma feira muito bem montada e ao nível de clientes, por exemplo, só na sexta-feira tivemos o dobro do ano passado”.
Na edição deste ano da Feira do Alvarinho marcaram presença 29 produtores. Da lista fizerem também parte duas dezenas de tasquinhasom produtos tradicionais, fumeiros, queijaria e doçaria e 20 expositores destinados a instituições e artesanato.
[Fotografias Superior/Inferior: Direitos Reservados]
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