PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Destaques
Monção

Monção: “Lei da proibição de animais selvagens é uma treta”, diz Circo na vila

10 Março, 2019 - 11:20

312

0

“É uma treta. Eles fizeram esta lei da proibição mas não encontram lugar para metermos os animais. Eles têm de estar connosco”. O desabafo foi feito à Rádio Vale do […]

“É uma treta. Eles fizeram esta lei da proibição mas não encontram lugar para metermos os animais. Eles têm de estar connosco”. O desabafo foi feito à Rádio Vale do Minho por Ruben Freitas, diretor do Ruben Circo que está em Monção desde sexta-feira até este domingo. Entre outras atrações, há trapezistas, malabaristas, espetáculo de laser e até um peixe-gato de dimensões fora do comum. Pesa 30 quilos. 

Animais selvagens é que não. Ruben Freitas tem tigres, mas esses permanecem nas jaulas. Foi no passado mês de fevereiro, recorde-se, que o Presidente da República promulgou a lei que afasta do circo animais como macacos, elefantes, tigres, leões, ursos, focas, crocodilos, pinguins, hipopótamos, rinocerontes, serpentes e avestruzes.

O diploma prevê o registo  obrigatório no Cadastro Nacional de Animais Utilizados no Circo, sendo que competirá ao Governo definir qual a entidade que efetuará o registo e tratamento desses dados.  O diploma prevê ainda um período transitório de seis anos ao fim do qual a utilização destes animais é punida com coimas estabelecido no artigo 14º do decreto-lei 255/2009, que em casos de pessoas singulares pode incidir numa multa de 250 euros a 3.740.

 

 

“Fazem as leis e nem sequer dão solução para pôr os animais. Acabam por morrer no circo. Não morrem à fome porque isso nós não deixamos.

 

 

“Para já não existe nenhuma proibição. Nós podemos atuar com estes animais. Haverá seis anos de adaptação. Só dentro de seis anos é que será mesmo proibido”, esclareceu Ruben Freitas. Mas com todo este circo mediático feito à volta do tema, o proprietário prefere manter os tigres nos bastidores. “É uma treta!”, reiterou. “Fazem as leis e nem sequer dão solução para pôr os animais. Acabam por morrer no circo. Não morrem à fome porque isso nós não deixamos. Não temos sítio para os colocar e ninguém dá solução a isso”, lamentou.

 

Um peixe-gato enorme… e piranhas

 

Mas o Ruben Circo acabou por dar a volta ao texto e investiu noutras atrações. O proprietário acabou por conseguir um peixe-gato de dimensões superiores à espécie. “Tem 30 quilos e veio da Amazónia. Adquiri-o junto de um amigo meu que faz a manutenção de um aquário na Figueira da Foz”, contou.

Mas há também piranhas que fazem estremecer o público cuja maioria é, obviamente, composta por crianças. “Elas são alimentadas todos os dias. Se deixarmos de dar-lhes de comer, elas comem-se umas às outras”, explicou o diretor do circo. Nada a dizer. Na natureza tudo funciona na base da lei do mais forte. “Claro que nunca faríamos isso. Temos os animais para fazermos o nosso trabalho e para os mostrar às pessoas”.

Ruben Freitas está nas artes circenses desde sempre. Tanto o pai como o avô já eram do ramo. “Somos uma equipa e todos fazemos um pouco de tudo no espetáculo. Acaba por nem ser difícil. E a nossa vida é isto… andamos de terra em terra com os nossos jovens a mudar de escola mas que fazem muitos amigos e trazem-nos ao circo”, prosseguiu com um sorriso. “É uma paixão. Vai ser até morrer”, concluiu. O Ruben Circo vai ficar por Monção até este domingo. O próximo espetáculo está marcado para as 16h00.

 

Peixe-gato com cerca de 30 quilos, em exibição no Ruben Circo

 

PUB

Últimas