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Chama-se Cláudia Rodrigues. É uma jovem monçanense, natural de Mazedo, mas a residir no Porto. Está fora da terra que a viu nascer há vários anos, mas mesmo assim não esquece as suas raízes. Diz-se preocupada com as notícias que lhe vão chegando sobre o impacto da COVID-19 no Lar da Santa Casa da Misericórdia e em todo o concelho.
Deitou mãos à obra. Lançou recentemente no facebook uma página cujo objetivo é reunir o maior número possível de pessoas que queiram ajudar aquela e outras instituições do concelho. Sobretudo na produção de batas e outros materiais de proteção individual.
“Já apresentei a ideia à Câmara Municipal e o presidente, António Barbosa, deu-me imediatamente luz verde para avançar. A aquisição de matérias primas fica a cargo da autarquia e este movimento dará seguimento à produção e entrega do material”, explicou a jovem à Rádio Vale do Minho.
Plena de altruísmo, a Cláudia está – numa primeira fase – à procura de gente. Pessoas com vontade de unir-se a este projeto. Melhor ainda se souberem costurar. Já conquistou médicos, enfermeiros e até profissionais de tecidos. Mas quanto mais gente, melhor.
“Muitas máscaras que andam por aí a ser feitas nem sequer obedecem às normas na totalidade. Uma delas, por exemplo, é serem fabricadas em TNT [Tecido Não Tecido]”, exemplificou.
A distância geográfica também não é problema para a coordenadora. “Aos fins-de-semana estarei sempre por Monção. Assim que a produção possa arrancar, todos saberão o que fazer e até dar seguimento às entregas. Aos sábados e domingos ou até mesmo às sextas ao final da tarde também eu poderei estar cá para ajudar também”, prosseguiu.
Doar material às instituições
Mas o projeto da Cláudia não esgota aqui. A jovem apela também ao coração de todos no sentido de doarem material a estas instituições “que tanto precisam de nós nesta altura”. Material esse que pode passar (evidentemente) pelo tecido para batas; luvas de proteção; luvas; máscaras (certificadas); viseiras; álcool gel; proteções de calçado; cógulas; sacos para lixo; lixívia; sabão para lavar as mãos e cremes (tendo em conta o desgaste da pele com a desinfeção das mãos).
“Todo o material será depois distribuído pelas nossas instituições”, assegurou a Cláudia.
As contas ainda não estão completas mas, de acordo com a jovem, estão confirmados já perto de 192 funcionários destas instituições em todo o concelho. Os interessados em participar neste projeto poderão contactar a Cláudia através do número 964 201 111.
Recorde-se que Monção é, nesta altura, o segundo concelho do Vale do Minho mais afetado pelo novo coronavírus (COVID-19). São atualmente 59 casos confirmados de infeção pela nova doença.
[Fotografia: FB Cláudia Rodrigues]
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