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Monção

Monção já é ‘berço’ de Programa do Governo para valorizar Fortalezas de Fronteira

23 Julho, 2019 - 17:41

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PUB O Governo lançou esta terça-feira, em Monção, o Programa Fortalezas de Fronteira cujo principal objetivo passa por  “promover, de forma integrada, o acesso a exemplares únicos de arquitetura militar […]

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O Governo lançou esta terça-feira, em Monção, o Programa Fortalezas de Fronteira cujo principal objetivo passa por  “promover, de forma integrada, o acesso a exemplares únicos de arquitetura militar do passado e a sua fruição pelas populações locais e seus visitantes, e ainda a sua transmissão às gerações futuras”.

A cerimónia realizou-se no Baluarte dos Neris, local emblemático da fortificação monçanense. Ladeado pelo Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e pela Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, o presidente da Câmara, António Barbosa, fez questão de dar entrada no recinto pela Escadaria dos Neris, que foi recentemente colocada entre “as 18 escadarias portuguesas para subir (ou descer) pelo menos uma vez na vida”.

“Valorizar aquilo que já temos. Torná-lo mais evidente para o resto do país e para o mundo e sermos capazes de, a partir daí, seremos capazes de trazer mais prosperidade e mais capacidade de aproveitar o nosso talento”. São as linhas mestras deste programa explicadas por Pedro Siza Vieira que, no seu discurso, enalteceu toda a região do Minho pelo potencial que tem apresentado na captação de turismo.

 

Pedro Siza Vieira: “Como membro do Governo, tenho de prestar o meu agradecimento às gentes do Alto Minho pelo contributo que têm dado para o crescimento e para a vitalidade da nossa economia”.

 

“Desde 2015, o número de hóspedes que permanecem na região Norte de Portugal mais do que duplicou. Passamos de cerca de dois milhões para 4,2 milhões em 2018”, apontou o governante. “Mas o que é mais notável é que, dentro da região Norte, foi o Minho quem mais cresceu na capacidade de captar turistas. Mais de 25% dos turistas que pernoitam na região Norte dirigem-se aos territórios do Minho”.

À semelhança do que já tinha feito no passado mês de janeiro, Pedro Siza Vieira voltou a sublinhar “o exemplo que o Alto Minho tem dado ao nível da diversificação da atividade económica, que aqui tem sido absolutamente transformadora”. E foi mais longe. “Como membro do Governo, tenho de prestar o meu agradecimento às gentes do Alto Minho pelo contributo que têm dado para o crescimento e para a vitalidade da nossa economia”.

 

Ana Mendes Godinho: “A fronteira não é o que nos separa mas sim o que nos une”

 

Conforme explicou a Secretária de Estado do Turismo na sua intervenção, este novo Programa arranca com uma primeira fase denominada Dinamizar Fortalezas. Irá abranger as 62 fortificações desenhadas por Duarte D’Armas – escudeiro do rei D. Manuel – no Livro das Fortalezas, no séc. XVI às quais acrescerão, mais tarde, outras, com data de construção posterior, também na linha de fronteira.

“Em 2015, 90% da nossa procura e da nossa oferta turística estavam no litoral. Ou não fazíamos nada, ou assumíamos que era preciso fazer alguma coisa”, iniciou Ana Mendes Godinho. O conhecimento dos mercados, contou, não ia para além do “sol… praia… Lisboa, Algarve e Madeira”.

 

Ana Mendes Godinho: “[em 2015] o conhecimento dos mercados não ia para além do sol… praia… Lisboa, Algarve e Madeira.”

 

O Governo quis mais. “Nos últimos três anos fizemos um grande esforço. E este programa foi a forma encontrada de estruturar um produto que acompanha todo o interior do país e mostra que a fronteira não é o que nos separa mais sim o que nos une”, realçou. “Portugal e Espanha, juntos, são hoje o maior destino turístico do mundo ao ultrapassar os 100 milhões de visitantes. Percebemos por isso o potencial que isto tem de afirmação do território”.

Divulgar o legado patrimonial existente em toda a linha de fronteira luso-espanhola e “transformar estes espaços únicos de história e cultura, em locais dinâmicos de visita e de conhecimento do país, e em particular, da região e cultura raianas” estão também entre as principais metas deste programa.

 

Barbosa felicita Governo por um programa que “vai de encontro à aposta do Município”

 

Visivelmente satisfeito com a escolha de Monção feita pelo Executivo de António Costa (PS) para lançar este projeto, o presidente da Câmara (PSD) iniciou mesmo a felicitar o Governo por este programa que, disse, “vai de encontro à aposta do Município de Monção no sentido de aproveitar os fundos comunitários, requalificar toda a nossa zona amuralhada e dar a perceber aos nossos turistas que estão a entrar numa zona de perímetro amuralhado”.

 

António Barbosa: “O que estamos agora a tentar fazer, com o apoio do Governo e dos fundos comunitários, é recuperar esse legado patrimonial importantíssimo.”

 

Com uma capacidade de persuasão elogiada pelo próprio Ministro da Economia, António Barbosa lembrou – e lamentou – que no princípio do século passado, as fortalezas de fronteira ainda não eram tão valorizadas. Monção ainda hoje paga a fatura de um comboio que chegou nesse tempo e deixou de passar pelo concelho em 1989. Parte do amuralhado teve de ser removido para a construção da linha ferroviária.

“Se calhar hoje não o teríamos feito, mas está feito. O que estamos agora a tentar fazer, com o apoio do Governo e dos fundos comunitários, é recuperar esse legado patrimonial importantíssimo”, sublinhou. “E é isso que este programa visa fazer: a divulgação de um legado patrimonial de um país com centenas de anos de história. Quem tem história e quem a consegue valorizar, terá um futuro muito melhor do que aquele que tem”, concluiu.

 

Veja a nossa galeria de FOTOS da cerimónia de lançamento do Programa Fortalezas de Fronteira

 

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