A Câmara Municipal de Monção espera abrir, até ao final deste Verão, o concurso público para a construção de uma central geotérmica no parque termal da vila. O objetivo, diz o autarca local, é o de aproveitar os recursos naturais do parque e assegurar, sem custos, parte dos consumos energéticos dos equipamentos municipais.
O projeto, avaliado em 370 mil euros, carece de apoios comunitários. A candidatura, já formalizada, aguarda luz verde. No total, poderá representar uma comparticipação de cerca de 70 por cento.
Contactado, o autarca local, José Emílio Moreira, explica que o projeto já foi alvo de um estudo de viabilidade económica e ambiental. A ideia é utilizar a água termal de forma a satisfazer as “necessidades sanitárias” de diversos equipamentos colectivos municipais, como o balneário termal, o complexo das piscinas e o futuro balneário do campo de futebol sintético, bem como edifícios privados próximos.
Numa altura de crise, José Emílio Moreira justifica o investimento com a necessária redução de custos, pelo que adoção de energias alternativas à eletricidade poderá ser uma solução. “Uma energia mais barata e mais limpa” é este o objectivo preconizado pelo executivo monçanense, sobretudo, depois da recente adesão ao “Pacto de Autarcas”.
Segundo o estudo já elaborado, a ser construída, a futura central geotérmica permitirá gerar uma poupança na ordem dos 50 por cento e uma “substancial” diminuição de emissão de CO2. O inicío da construção está agora dependente da aprovação da candidatura feita. Até final deste Verão, o executivo monçanense espera avançar com o concurso público, para execução da obra.
A exploração das potencialidades termais de Monção é secular, com a água a brotar, no balneário, a temperaturas de 49,5 graus centígrados, sendo indicadas para o tratamento de diferentes patologias respiratórias e osteoarticulares, do sistema nervoso, dermatológicas, musculares, imunitárias e digestivas.
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