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Monção: Quem era afinal o homem por quem Deu-la-Deu se apaixonou? – Veja AQUI

14 Fevereiro, 2020 - 17:26

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Deu-la-Deu Martins, para os menos conhecedores, é a lendária heroína de Monção. Está perpetuada no brasão da vila. A história desta mulher é contada e recontada dezenas de vezes ao ano e todos aplaudem o episódio épico em que esta corajosa mulher salvou a população local durante um cerco montado pelos castelhanos durante as guerras fernandinas – século XIV.

Mas terá tido esta heroína uma cara metade? O portal do Município de Monção diz-nos que era esposa de Vasco Gomes de Abreu.

Nascido em 1330, foi um nobre português e senhor da localidade de Valadares [hoje União de Freguesias de Messegães, Valadares e Sá]. Foi também Capitão-mor de Monção, Alcaide Mor de Melgaço e Capitão-mor de Armada da Índia. Era também “fidalgo principal de Caminha”.

No dia 12 de Junho de 1360, Gomes de Abreu testemunhou o juramento do rei D. Pedro I sobre o seu casamento com Inês de Castro. Recebeu do Rei D. Fernando as quintãs de Afurada, Lamoso, Sanguinhal, Gondomil e Paredes. Em 16 de Fevereiro de 1383, tornou-se o primeiro senhor de juro e herdade de Valladares. Era, portanto, um patriota.

José Hermano Saraiva, historiador e comunicador televisivo, chegou a gravar em Monção um dos seus programas da série Horizontes da Memória. Durante o episódio, o especialista admite que a bravura de Deu-la-Deu Martins possa ser apenas uma lenda. No entanto, também José Hermano Saraiva a coloca como esposa de Vasco Gomes de Abreu.

 

Gomes de Abreu foi casado… com uma Maria

 

Porém, outras fontes e portais consultados, dizem que Vasco Gomes de Abreu foi casado com D. Maria Roiz de Portocarrero [possivelmente galega], de quem teve quatro filhos: Diogo Gomes de Abreu; Helena Gomes de Abreu; Teresa Gomes de Abreu; e Álvaro Vaz de Abreu. Terá falecido já perto do século XV, em Castela.

 

Docentes e Investigadores unânimes na explicação

 

A Rádio Vale do Minho procurou saber a opinião dos estudiosos. Foi Isabel Cerqueira, uma monçanense professora de História na Escola Secundária de Paredes de Coura, que lançou luz sobre este mistério. “Tenho provas de que Vasco Gomes de Abreu foi casado com várias mulheres. Uma delas pode ter sido perfeitamente Deu-la-Deu Martins”, esclareceu a docente.

Margarida Amaral, licenciada em História e também natural de Monção, partilha da mesma opinião. “No túmulo de Deu-la-Deu está lá escrito que foi esposa de Vasco Gomes de Abreu, mas poderá ter sido uma de várias esposas que teve ao longo da vida”, admitiu também. 

No largo do Loreto, no centro histórico de Monção, pode ver-se o brasão de Deu-la-Deu Martins colocado, desde 1869, no centro da base da estátua envolvida por um chafariz em forma circular. A Igreja Matriz, templo românico que foi alvo de algumas alterações e restauros ao longo dos séculos, possui uma capela em sua memória.

Já sobre Vasco Gomes de Abreu não é conhecida qualquer estátua ou retratos.

 

[Imagem: Deu-la-Deu Martins / Direitos Reservados]

 

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