O encerramento do Serviço de Urgência Básica de Monção (SUB) “representa um impacto direto em 20% da população do Alto Minho”. O alerta foi deixado esta quinta-feira pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho que, após conferência de imprensa, emitiu uma nota de repúdio sobre a anuciada decisão da ULSAM.
Conforme noticiou a Rádio Vale do Minho, o Serviço de Urgência Básica (SUB) de Monção vai estar totalmente encerrado durante o próximo fim de semana: sexta-feira, sábado e domingo.
Segundo apurou a Rádio Vale do Minho, os médicos daquela unidade serão transferidos para o Hospital de Viana, por forma a colmatar os condicionamentos ali existentes.
“A CIM Alto Minho entende os constrangimentos associados aos profissionais de saúde, mas considera este encerramento inaceitável colocando em causa a segurança e o acesso a cuidados primordiais da população do Alto Minho, em particular aqueles que residem e trabalham nos municípios mais próximos da área de influência de Monção”, lê-se.
Mas a CIM não fica por aqui e recorda o que diz a lei, através do Despacho nº 10319/2014.
“O SUB deve existir onde se considere justificado para garantir o acesso a serviços de urgência, quando a população de uma determinada área territorial não tenha assegurado um nível de SU superior num tempo máximo de acesso de 60 minutos”, refere.
O Presidente da Câmara de Monção, António Barbosa, em sintonia com os restantes presidentes de Câmara, manifestou “repúdio” por toda esta situação numa conferência de imprensa convocada pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Alto Minho.
“Não pode haver portugueses de primeira e de segunda. Para manter em funcionamento uma urgência, não podemos encerrar outra, manifestando total desrespeito pelas pessoas e colocando a sua saúde em perigo”, disparou.
“Esta decisão é o corolário de um conjunto de medidas erradas na área da saúde, que têm sido tomadas nos últimos anos, prejudicando, claramente, as populações mais fragilizadas. A posição da ULSAM é injusta. Vamos combate-la com todas as nossas forças, sabendo que a razão está do nosso lado”, garantiu
Sublinhou ainda o Presidente da Câmara de Monção que toda esta situação “coloca em causa uma necessidade básica do dia a dia e mesmo a distância que está prevista na lei em termos de obrigação de serviços de resposta”.
Comentários: 0
1
0