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Monção

Monção e Salvaterra de Miño mais unidas que nunca

28 Março, 2015 - 18:54

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Protocolo de geminação foi assinado este sábado. Arturo Grandal referiu que a ponte internacional é a mais atravessada a pé.

Monção e Salvaterra de Miño estão mais unidas. Foi assinado este sábado o protocolo de geminação entre as duas localidades. O momento decorreu durante os festejos dos 20 anos da Ponte Internacional sobre o rio Minho, que liga aqueles concelhos. No seu discurso, o presidente da Câmara de Monção abordou os tempos difíceis vividos na região durante o Estado Novo. “Agora as relações são fáceis. Têm vindo a estreitar-se cada vez mais, mas ainda existem barreiras a ultrapassar”, considerou Augusto Domingues. “Temos de partilhar espaços de empreendedorismo para alargar a possibilidade de emprego, a excelência dos nossos bombeiros, a nossa urgência médica, as zonas de lazer comuns, os parques desportivos, os parques empresariais, a cultura e a educação”, defendeu o edil monçanense.
O congénere da Galiza praticamente assinou por baixo as palavras proferidas pelo autarca português. Arturo Grandal considerou que “este protocolo é o primeiro passo para a criação da Eurocidade Monção/Salvaterra de Miño. É um documento que assenta nas boas relações que existem atualmente entre vizinhos. E a partir daqui ganham mais impulso as boas relações na cultura, no desporto, no lazer, nas instalações desportivas, entre outros”. O edil galego recorreu depois aos números e lembrou que “Salvaterra tem hoje cerca de 10 mil habitantes. Monção ronda os 22 mil. Juntas como uma só vila, somos mais de 30 mil habitantes. O núcleo urbano de Monção/Salvaterra são quase 10 mil habitantes. Quanto mais unidos estivermos e quanto mais pusermos à disposição de todos os serviços de ambas as Câmaras, melhor será para a qualidade de vida”, disse Arturo Grandal que finalizou o seu discurso com a já conhecida expressão da sua autoria. “Esta ponte é uma rua. Em termos de número de veículos que passam por ela durante o ano, deve ser a terceira ou quarta maior. No entanto, é a primeira no número de pessoas que a atravessam a pé. É muito difícil para um condutor passar por esta ponte sem ver alguém a atravessá-la a pé”, finalizou.
A presidir à cerimónia esteve o Seceretário de Estado dos Negócios Estrangeiros. Luís Campos Ferreira contou que viaja muito pelo planeta. “É muito difícil andar neste mundo e não encontrar um minhoto ou um galego onde quer que seja. Alguém que levou a sua cultura, a sua identidade, a sua capacidade de trabalho e que levou uma imagem desta gente… que é gente séria, honesta e que procura sempre melhor vida”, disse o governante. “Foi esta rua, que pomposamente chamamos ponte, que permitiu desenvolver mais o comércio, a cultura e a partilha entre as pessoas”, recordou o Secretário de Estado. “Mas esta ponte permite agora também desenvolver políticas articuladas entre os dois municípios. Não chega ter esta ‘rua’. Esta ponte é como as amizades… precisam de ser cuidadas. E cuidar desta ponte é dar mais possibilidades a que estas gentes possam partilhar ainda mais uma vida em comum”, rematou Luís Campos Ferreira.
De referir ainda que, durante a cerimónia, foi descerrada a placa comemorativa que dá uma nova designação à ponte internacional. A travessia passa a chamar-se João Verde/Amador Saavedra, em homenagem aos dois poetas raianos.
Após a cerimónia oficial decorreu um convívio popular no Parque da Lodeira com “porco no espeto” e animação musical proporcionada pelos agrupamentos Rusga de Merufe, Banda de Gaitas Pontenova de Salvaterra de Miño, Grupo de Bombos “Fim do Silêncio” e Grupo Cantares do Alvarinho.
A Ponte Internacional sobre o Rio Minho, que une Monção e Salvaterra de Miño, foi inaugurada no dia 29 de março de 1995.

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