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Monção: Deputado do PS acusa PSD de «mentira compulsiva» – PSD agradece prova do trabalho realizado

30 Junho, 2017 - 02:33

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«Monteiro Alves voltou a apontar baterias aos sociais-democratas em Assembleia Municipal.

José Adriano Monteiro Alves, deputado socialista na Assembleia Municipal, acusou esta quinta-feira o PSD de “mentira compulsiva” e “aproveitamento político”. A justificar, em sessão ordinária daquele órgão realizada no Cine Teatro João Verde, Monteiro Alves lembrou que “o PSD nunca votou, ao longo dos últimos quatro anos, nenhum orçamento favoravelmente. Absteve-se, tendo inclusivamente chumbado” dois orçamentos na primeira versão (em 2014 e em 2016).
Implacável, o deputado socialista recordou também os momentos quentes vividos na Educação do concelho em 2015. “O PSD «roeu a corda» na questão da Educação em Monção, trocando o que vinha defendendo até então pela presença na feira semanal com os candidatos a deputados por Viana do Castelo, garantindo que a questão estava resolvida, quando não estava como se veio a provar. O PS sempre teve razão nesta questão”, sublinhou Monteiro Alves.
Num discurso que acabou por tornar-se mais longo que o habitual, o deputado socialista acabou por provocar a agitação e o protesto nas bancadas do PSD. A direita alertava o Presidente da Assembleia Municipal para o tempo concedido. Monteiro Alves foi autorizado a continuar. “O PSD abandonou a reunião de Câmara na altura da votação da proposta de adjudicação à firma Duque e Duque da empreitada de execução «Acesso ao Minho Park» alegando nesta altura a falta de pronúncia do Ministério Público sobre a participação feita”, concluiu, entre outros itens, o deputado socialista com base nas atas resultantes das sessões camarárias.

Fontaínhas: “O PSD é um partido que tem posição sobre os assuntos”

Na resposta ao deputado socialista, os sociais-democratas consideraram que a intervenção de Monteiro Alves provou “o trabalho árduo que o PSD tem feito na oposição”. Pela voz de Armando Fontaínhas, líder de bancada, o PSD lembrou que “ser oposição é difícil e ao fim de quatro anos de oposição, ver um partido que mostrou tantas posições na defesa intransigente dos nossos munícipes, é algo que muito me orgulha. O PSD não é um partido que está aqui para dizer que sim com a cabeça! Tem opinião e tem posição sobre os assuntos”.
De imediato, Fontaínhas começou por destacar alguns pontos focados pelo deputado socialista e começou desde logo pelos Orçamentos Municipais. “São para ser negociados. Sobretudo quando um Executivo está em minoria. Houve grandes benefícios, sobretudo para as associações e para as Juntas de Freguesia com a alteração do montante e do critério [de transferência de verbas]”, recordou.
Sobre a Educação, o líder da bancada «laranja» foi taxativo. “Todos sabem que o problema está resolvido e foi o PSD que o resolveu”, disse. “Em relação ao Minho Park, eu gostava que o Minho Park estivesse a trabalhar. A industrialização do nosso concelho é um fator indispensável para o progresso e o Minho Park seria uma mais valia. Se tivesse havido mais rigor, mais exigência por parte do PSD e também por parte da Câmara talvez o Minho Park estivesse hoje noutra situação que não está”, considerou Armando Fontaínhas. “A situação do Minho Park é uma catástrofe para este concelho! Tem dívidas ao Fisco de milhões de euros e vai ser um grande problema para esta autarquia”, avisou o deputado.

PERU aprovado

A Assembleia Municipal de Monção aprovou ainda esta quinta-feira o Plano Estratégico de Reabilitação Urbana do concelho. Um documento extenso elaborado pela Sociedade Portuguesa de Inovação com algumas orientações estratégicas no sentido de promover uma maior aproximação ao rio Minho e assegurar equilíbrio entre áreas pedonais/espaços verdes e estacionamento automóvel.
No documento está patente uma estratégia de longo prazo, entre 10 a 15 anos, que aponta para a efetivação de 24 projetos estruturantes no valor global de 20 milhões de euros de investimento municipal. Uns já estão concluídos ou em fase de execução e outros aguardam o tempo certo com o financiamento adequado. Para já, estão em fase de estudo prévio, recolha de pareceres técnicos ou elaboração de projeto. O plano refere alguns finalizados como a recém-inaugurada Casa da Música/Sede da Banda Musical de Monção, outros em execução como a zona do Porcalho e ainda outros em fase de arranque como a requalificação da Praça da República e arruamentos envolventes. A propósito, refira-se que a empreitada, entregue à empresa “Limabuild, Engenharia e construções, Lda”, pelo valor de 615.854,89 euros, imposto incluído, inicia-se na Rua 25 de Abril num prazo muito curto.
O documento propõe também a reabilitação integral do casco muralhado, revitalização do baluarte/largo do Souto, recuperação/adaptação da Casa Souto D` Rei em Museu Municipal, requalificação da Praça Deu-la- Deu, e beneficiação do eixo viário da Rua da Veiga Velha/Rua D. Afonso Henriques/Largo Dr. Oliveira e Silva.
Neste capítulo, referência para a requalificação integral da Avenida Afonso III, envolvente da antiga estação da CP. Depois da recuperação da antiga estação e aquisição/demolição das habitações junto à muralha, o documento contempla a continuação de investimento naquela zona nevrálgica de entrada no centro urbano.

Parque de estacionamento subterrâneo

De momento, a única ideia concreta defendida pelo atual executivo é a recuperação breve do muralhado do baluarte da Cova do Cão e a construção de um parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para 300 lugares mais as garagens individuais para os proprietários das garagens do “Prédio das Finanças”.
A opção deste local prende-se com o facto de se tratar de uma zona de aterro que não deverá trazer qualquer imprevisto relacionado com a paragem da obra e consequente incremento financeiro. Situação que poderia não se verificar na Praça da República ou Praça Deu-la- Deu devido à proximidade de habitações e possibilidade de aparecimento de afloramentos graníticos ou achados arqueológicos
O futuro do cais da estação, algo que tem dividido a opinião dos monçanenses, conforme se constatou no inquérito lançado online pela autarquia, ainda não está definido, sendo certo que passará por uma das três situações: recuperação, demolição ou deslocalização para um local próximo. Os técnicos da REFER defendem a sua recuperação. Os técnicos de organismos culturais optam pela sua demolição, garantindo mais visibilidade ao pano de muralha.
No parque termal, em conjunto com a nova funcionalidade do antigo edifício termal, concluído no exterior, estão pensadas várias intervenções: prolongamento do parque infantil com novas ofertas recreativas, ligação do “túnel do Arado” ao passadiço de madeira, criação de ecovia até à freguesia da Bela, construção de parque de campismo a montante do Parque Desportivo Municipal e edificação de um bar de apoio.

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