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Monção

Monção: CDS dá ‘cartão amarelo’ à direita – “Este é o Orçamento do PSD”, diz Barbosa

24 Novembro, 2018 - 16:19

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Seis horas. Uma das sessões da Assembleia Municipal de Monção mais longas de sempre para um dos maiores Orçamentos Municipais de sempre. E foi este o tempo necessário para o […]

Seis horas. Uma das sessões da Assembleia Municipal de Monção mais longas de sempre para um dos maiores Orçamentos Municipais de sempre. E foi este o tempo necessário para o presidente da Câmara Municipal, António Barbosa, chegar à conclusão última do documento. “Este é o Orçamento do PSD”, disse aos microfones da Rádio Vale do Minho no final de uma reunião em que o documento acabou aprovado por maioria.

A frase de António Barbosa deriva sobretudo da posição tomada pelo CDS-PP. No ano passado, os centristas votaram favoravelmente o Orçamento Municipal para 2018. Só que este ano, o partido abriu mesmo os canhões e deu cartão amarelo à governação social-democrata. Absteve-se. “No ano passado mostrámos a nossa reprovação ao lançamento da derrama. Este ano fizemos constar o fim da derrama municipal nas propostas que entregámos ao Executivo. Embora agradados com o facto das empresas com sede fiscal em Monção ficarem isentas, parece-nos que esta medida nos deixa a meio caminho daquilo que pretendemos”, sublinhou a deputada Elisabete Amoedo [na foto, ao centro] considerando que a derrama municipal está longe de ser um fator atrativo para a instalação de empresas no concelho. “No CDS-PP continuamos a olhar para a derrama como um fator condicionante à instalação de novas empresas. Por isso, achamos que a sua inexistência poderá dar ao concelho uma vantagem competitiva face a outros concelhos vizinhos que optaram por este imposto”.

Na resposta, o edil social-democrata mostrou-se irredutível. Voltou a recordar que as empresas que vão pagar derrama são, exemplificou, os gigantes das grandes superfícies. “Aquilo que queremos é que as empresas passem a sua sede para Monção”, reiterou.

 

PS não perdoou – Lista de críticas marcaram intervenções dos socialistas

 

Do lado dos socialistas, a chuva de críticas foi mais intensa. O temporal começou logo com o deputado Carlos Trancoso, que considerou que “este orçamento sabe-nos a pouco perante tudo o que aqui nos propõe”. O deputado socialista disse mesmo que o documento é “castrador de uma política de médio e longo prazo onde não se apresenta uma definição estratégica com vista ao quadro comunitário 2020/2030”.

Seguiu-se Nélson Azevedo, deputado independente nas listas do PS que, entre outros pontos, referiu que não existe no documento qualquer solução para recuperação de áreas ardidas no concelho. Por sua vez, a presidente da Junta de Freguesia de Cambeses, Catarina Lourenço, lamentou a distância e o esquecimento que a maioria ‘laranja’ tem mostrado em relação à freguesia. Recordou que, no Roteiro de Proximidade que tem feito pelas freguesias do concelho, o presidente da Câmara ainda não passou por Cambeses. Na resposta, António Barbosa lembrou que Cambeses não é caso único. Reconheceu que está em falta com algumas freguesias e que as visitas irão ser feitas.

Vítor Rodrigues, presidente da União de Freguesias de Mazedo e Cortes, foi o socialista que se seguiu. Previsivelmente, o autarca fez fogo cerrado à distribuição de verbas pelas freguesias prevista no Orçamento. Contas feitas, são novamente duas freguesias que iriam receber menos do que no ano passado. Exatamente as mesmas que passaram pelo mesmo cenário em 2017: a União de Freguesias de Monção e Troviscoso e a União de Freguesias de Mazedo e Cortes. “Nenhuma freguesia pode receber menos do que no ano anterior”, explicou António Barbosa. As duas freguesias irão assim receber o montante que traziam do Orçamento de 2018. Vítor Rodrigues mostrou-se inconformado. Mais um voto contra anunciado.

Seguiu-se José Emílio Moreira. Como que voz de um PS inteiro, o deputado voltou a apelar à urgência na construção da já chamada Rotunda de S. Pedro. Na resposta, o presidente da Câmara admitiu que terá de ser feita mas Barbosa não atribui a esta obra a mesma prioridade dada pelos socialistas. O edil social-democrata lembra que a Infraestruturas de Portugal tem também de assumir responsabilidades nesta matéria. A finalizar as intervenções, foi o deputado José Adriano Monteiro Alves quem bateu na derrama municipal. “Esta medida irá afastar eventuais empresários que teriam interesse em instalar-se no concelho”, considera. E, pegando na explicação dada por António Barbosa acerca das grandes superfícies, deixou uma questão. “O Sr. Presidente da Câmara acredita mesmo naquilo que disse? Eu quase que garantiria que nenhuma dessas grandes superfícies vai pagar um cêntimo”.

Na votação, o documento foi aprovado com 34 votos favoráveis, 11 contra e 4 abstenções. Com um valor global superior a 23 milhões de euros, este é já tido como o maior orçamento municipal de sempre em toda a história do concelho de Monção. “O Orçamento para 2019 é do PSD. No próximo ano, os monçanenses saberão que tudo aquilo que acontecer no concelho é exclusivamente do PSD e de presidentes de Junta que votaram favoravelmente”, finalizou António Barbosa aos microfones da Rádio Vale do Minho.

 

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