Monção: Candidata da CDU reprova obras na Praça da República e lamenta «abandono» dos Bairros Socais

A candidata pela CDU à Câmara de Monção nas próximas eleições autárquicas chumba totalmente a requalificação da Praça da República, localizada em pleno centro histórico da vila. Os trabalhos previstos constam da beneficiação total do espaço, recuperando pavimentos, jardins, mobiliário urbano, iluminação pública e infraestruturas de abastecimento de água, saneamento e águas residuais. Será instalado um parque infantil e uma rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida no Posto dos Correios. Aos microfones da Rádio Vale do Minho, Amélia Barbeitos não poupou nas críticas à gestão socialista. “O problema é que não fazem a manutenção dos espaços! Deixam-nos degradar-se e depois, passados vários anos, fazem agora um investimento de meio milhão de euros”, lamentou.
É a candidatura menos mediática comparativamente às restantes três forças políticas [PS, PSD e CDS-PP]. Não tem qualquer outdoor nas ruas e nem sequer faz intenções de realizar qualquer apresentação pública no concelho. Mas o que é certo é que a CDU já anda pelas ruas do berço do Alvarinho. De voz firme, Amélia Barbeitos defende também que “o Parque das Caldas pode ser muito melhor explorado, no sentido de serem lá feitas várias iniciativas nomeadamente desportivas. Deve ser remodelado”.
A líder comunista não perdoa a entrega das Termas de Monção a privados. “É um erro!”, exclamou. “Deveria ser a Câmara Municipal a explorar e a divulgar este espaço no sentido de atrair gente ao nosso concelho”, sublinhou. Outra das questões que mais preocupa esta candidatura são os Bairros Sociais do concelho. “Não se fazem obras há décadas! Está tudo ao abandono!”.
Natural da freguesia de Mazedo, Amélia Barbeitos é formada em engenharia e design de produto. Foi candidata à Assembleia Municipal de Monção nas eleições autárquicas de 2009 e 2013. Hoje lidera a corrida à Câmara Municipal mas traz consigo um novo rosto feminino à Assembleia Municipal: Mónica Domingues. “É uma lutadora, é uma mulher de trabalho. É uma mãe de família que nunca baixou os braços”, descreveu. Voltar a marcar presença neste órgão autárquico é, aliás, o objetivo de topo para a CDU nas próximas eleições. “É muito importante que todas as forças políticas estejam representadas na Assembleia Municipal para poderem apresentar as suas propostas!”, sublinhou. “A diversidade de ideias é que faz com que as coisas evoluam. Se tivermos duas ou três forças políticas que pensam da mesma maneira, não vamos a lado nenhum!”, concluiu.
Em 2013, para a Câmara Municipal de Monção, o PS obteve 37,96% dos votos. O PSD ficou logo atrás com 37,92%. O CDS-PP alcançou os 17,7%. A CDU não foi além de 1,6%. Para a Assembleia Municipal, o PSD obteve 36,4% dos votos. Seguiu-se o PS com 34,6%. O CDS alcançou os 17,8%. O Bloco de Esquerda obteve 3,5%, conseguindo eleger um deputado. A CDU ficou-se pelos 2,1% não conseguindo eleger qualquer deputado. A taxa de abstenção foi de 41%. As próximas eleições autárquicas realizam-se no dia 1 de outubro.