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Monção: Barbosa vai mostrar aos partidos contas do matadouro “como elas são”

1 Março, 2019 - 13:38

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O presidente da Câmara de Monção, António Barbosa (PSD), garantiu esta quinta-feira, em sessão da Assembleia Municipal, que vai reunir à mesma mesa com um representante de cada partido, para […]

O presidente da Câmara de Monção, António Barbosa (PSD), garantiu esta quinta-feira, em sessão da Assembleia Municipal, que vai reunir à mesma mesa com um representante de cada partido, para apresentar os números do matadouro de Monção. Uma certeza dada após o CDS-PP se ter mostrado preocupado com a situação daquele espaço. Pela voz da deputada Elistabete Amoedo, os centristas começaram por recordar as “palavras otimistas” do edil monçanense em relação a este espaço na altura em que assumiu o leme do Município “dizendo que iria ser o próprio, e passo a citar, «a tomar as rédeas do matadouro» e que futuramente se tomaria uma decisão acerca do funcionamento e viabilidade daquela Empresa Municipal”.

“Soube que infelizmente existem atrasos nos pagamentos aos funcionários, ao dia de ontem [quarta-feira] estavam por pagar: metade do subsídio de Férias e o subsídio de Natal. Existem outras dívidas, Sr. Presidente? As taxas de abate estão a ser pagas ao Estado atempadamente? Está o Matadouro em falência técnica?”, questionou a deputada. E virou para o cordeiro. “O regulamento que os restaurantes de Monção aderentes às 7 Maravilhas de Portugal à Mesa têm que cumprir, e bem, diz respeito aos animais utilizados na confecção do prato: os cordeiros têm que ser abatidos no matadouro de Monção”, lembrou. E atirou com “pergunta lógica”. “O sucesso conseguido pelo aumento da venda deste prato nos restaurantes de Monção, tem-se refletido num incremento do número de ovinos abatidos para esse fim?”.

A fechar, Elisabete Amoedo assegurou que o CDS-PP considera que o espaço “tem importância para a nossa economia”. “Parece-nos que o matadouro não deve ser um poço sem fundo, mas deve merecer a nossa atenção, o nosso esforço e nosso apoio, tal como já foi dado a outras instituições consideradas importantes para o nosso concelho”, referiu. Terminou com a certeza de que o partido está disponível para dar todo o apoio e colaboração “para tentar encontrar soluções que tornem viável a manutenção do matadouro. Porque acreditamos que há soluções e porque estamos cientes da sua importância”.

 

Barbosa: “Iremos mostrar as contas do matadouro como elas são. Não vamos mostrar vendas fictícias”

 

Na resposta, o presidente da Câmara foi taxativo. “Na rua todos defendem o matadouro mas são poucos os talhos que o utilizam. Os talhos dizem que é importantíssimo para o concelho mas depois o que se verifica no terreno é muito diferente”, lamentou. “Se nós queremos o matadouro, então eles têm de ser os primeiros a dar o exemplo! Ninguém está a pedir que matem lá tudo e mais alguma coisa, mas devem dar uma ajuda a uma entidade que é da terra e que pratica preços muito competitivos”, apontou.

Foi então que António Barbosa deixou a certeza de que, durante este mês de março, irá juntar à mesma mesa um representante de cada partido no sentido de dar a conhecer “a real situação do matadouro”. “Uma situação que já deveria ter sido apresentada há cinco, 10 ou até 15 anos! Vamos mostrar as dívidas do matadouro. Não as de hoje mas sim aquelas que transitaram para nós [maioria PSD]. Iremos mostrar as contas do matadouro como elas são. Não vamos mostrar vendas fictícias mas sim aquilo que é a realidade”, garantiu o edil monçanense. “Sobre dívidas do matadouro, confirmo tudo e mais alguma coisa mas quando mostrar os dados, perceberão daquilo que estamos a falar”, concluiu António Barbosa escusando-se a entrar em mais detalhes, deixando assim a exatidão dos números para aquela reunião que decorrerá à porta fechada em data a anunciar.

Já quanto às 7 Maravilhas de Portugal à Mesa, António Barbosa recordou que “passaram ainda apenas dois meses desde que as placas de certificação foram atribuídas aos restaurantes”. No entanto, admitiu que muitos dos cordeiros consumidos nos restaurantes do concelho foram abatidos fora de Monção. “Mas estas coisas têm de ser feitas com calma e ponderação. Está a registar-se uma subida naquilo que é a intervenção do matadouro neste processo. O objetivo final, evidentemente, é que tudo o que seja posto à mesa em Monção neste campo seja abatido naquele espaço”, finalizou.

 

Minuto de silêncio pelas Vítimas de Violência Doméstica

 

Ainda durante a sessão da Assembleia Municipal desta quinta-feira, o PS apresentou uma Moção de respeito pelas Vítimas de Violência Doméstica. Recorde-se que o Governo vai decretar o dia 7 de março como Dia de Luto Nacional Pelas Vítimas de Violência Doméstica e Contra as Mulheres. A proposta será aprovada esta sexta-feira em Conselho de Ministros. Pela voz de Catarina Lourenço, presidente da Junta de Cambeses, os socialistas consideram que “mais importante do que consciencializar é aperfeiçoar os mecanismos de proteção a este tipo de vítimas”. “A violência doméstica é o ato mais descaraterizador da família. Cabe ao poder local dar o primeiro passo para a mudança de comportamento”. A moção foi aprovada por unanimidade, tendo sido feito um minuto de silêncio.

De acordo com Observatório de Mulheres Assassinadas, citado pela TSF, só em janeiro deste ano morreram nove mulheres em resultado de violência doméstica, um número que representa mais do dobro do ano anterior no mesmo período.

Durante o ano de 2018, foram assassinadas 28 mulheres e, ainda segundo dados do Observatório da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Respostas), “503 mulheres foram mortas em contexto de violência doméstica ou de género” entre 2004 e o final de 2018.

 

CDS-PP Monção, pela voz de Elisabete Amoedo, preocupado com a saúde financeira do matadouro da vila
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