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Já foram plantados os três novos Olmos de Monção. As árvores ocupam agora o lugar deixado vago pela emblemática árvore da mesma espécie que morreu há dias, após cerca de nova décadas de existência [terá sido plantada durante a década de 30 do século passado].
Durante a manhã desta sexta-feira, funcionários do Município deram seguimento ao projeto da autarquia no sentido de manter aquele local mais aprazível após o desaparecimento da anterior árvore, cuja causa da morte nunca foi determinada com exatidão.
No início do verão de 2018, começaram a aparecer algumas manchas de folhas secas em vários pontos da copa. Foi-lhe diagnosticado um “choque térmico”. Na altura, o presidente da Câmara de Monção, António Barbosa, garantiu à revista Vale Mais que “a situação está a ser resolvida”. Mas a gravidade da doença fez-se notar quando o número de folhas secas começou a disparar por toda a árvore. A preocupação entre a comunidade aumentou e a questão foi levantada em sessão camarária por Augusto Domingues, vereador socialista, que pretendeu saber o real estado de saúde do Olmo.
“Em meados de junho [de 2018] começámos a notar secagem das folhas. Após a análise feita por um técnico, concluiu-se que isso foi provocado por um choque térmico”, iniciou Duarte Amoedo. A autarquia passou de imediato ao tratamento que, explicou o autarca, passou por rega abundante, descompactação de terras com aplicação de produtos orgânicos. “O especialista pediu-nos para aguardar, mas estamos a falar de um ser vivo. Isto é quase como tratar de um velhinho que está no hospital”, comparou Duarte Amoedo.
A autarquia solicitou recentemente uma segunda opinião sobre o estado da planta. Os dois técnicos em causa recomendam aguardar pelo final do verão, mas divergem nos prognósticos. Um deles traça o pior dos cenários para o Olmo. “Mais ainda é cedo para dizer se a árvore vai ou não morrer. A preocupação é grande! É grande!”, repetiu o vereador como que desejasse sublinhar a dimensão do problema. Sempre alertando que a história pode ter um final mais, ou menos feliz.
Depois de dois anos a mostrar sinais claros de doença, a história teve esta sexta-feira o final mais triste. A árvore foi desmantelada por funcionários municipais.
Em 2014, um especialista transmitiu à Câmara de Monção que a anterior árvore no Largo dos Neris foi “um exemplar notável pelas suas dimensões e estrutura da copa, mas também pela sua idade”. Acrescentou ainda que era “a melhor árvore desta espécie que conhecemos em Portugal e com caraterísticas superiores a muitos dos exemplares que estão classificados ou registados como notáveis noutros locais do mundo”.
Veja a galeria de fotos dos novos Olmos de Monção [créditos: Maria Albertina Santos Grupo FB À Sombra do Olmo Néris Monção]
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