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Está concluída. Monção passou a partir desta sexta-feira a contar com uma Rua 25 de Abril completamente renovada. As obras arrancaram em fevereiro do ano passado. Um ano e meio depois, o resultado parece agradar aos monçanenses. A nova artéria ganhou um novo rosto. Tornou-se mais imponente e promete tornar-se noutro ponto emblemático da vila.
“É isto. Sem mais nem menos. Acabou até por superar as expetativas”, disse António Barbosa à Rádio Vale do Minho ao princípio da noite, no local, enquanto contemplava o resultado final. “Está acima de qualquer coisa que pudéssemos ter imaginado. Está uma obra bem conseguida e agora estou ansioso por ver novamente vida nesta rua”.
A nova 25 de Abril destaca-se desde logo pela escadaria numa das extremidades. No entanto, o maior trunfo até acabou por aparecer no decurso dos trabalhos: dois muros paralelos datados do século XIII ou XIV que terão sido uma passagem na fortaleza.
“Foi uma sorte. Na altura deu-me algumas dores de cabeça, dado que existiam timings a ser cumpridos. Mas aquilo que passou a ser um obstáculo passou ser uma oportunidade”, disse Barbosa. “Acabou por dar um aspeto ainda mais brutal a esta rua, dado que conta muito da história dos nossos antepassados”.
Barbosa: “Está acima de qualquer coisa que pudéssemos ter imaginado. Está uma obra bem conseguida e agora estou ansioso por ver novamente vida nesta rua”.
A meio da requalificada rua, o achado dá de facto um encanto ainda maior. Sobretudo durante a noite com toda a iluminação ligada. A parte superior foi coberta em forma de arco com aço corten. O espaço é fechado e tem um portão em grade de ferro voltado para a rua.
Haverá lojas. Os espaços envidraçados estão a postos. “Serão arrendados e não vendidos”, referiu o presidente da Câmara adiantando que está completamente descartada a hipótese de virem a ser ocupados por restaurantes, cafés ou similares.
Do antigo muro que ali estava, já quase ninguém se lembra. Subimos a escadaria e a parte de cima não fica atrás. Com uma arquitetura arrebatadora, irá certamente tornar-se numa tribuna de excelência para assistir – por exemplo – à passagem da Procissão Solene da Virgem das Dores, as maiores festividades religiosas do concelho.
Iluminação embutida no solo, bancos em pedra e luminárias em estilo parisiense levantam já o pano de um local romântico e propício a bons momentos de conversa.
“Fazer este tipo de obras é deixar uma marca. Não a marca do fui eu que fiz mas uma marca no sentido de dar a entender a paixão que colocamos diariamente no nosso trabalho”, prosseguiu Barbosa. “Mas disse sempre que terei muito orgulho em ver um dia os meus filhos passarem por esta rua e dizerem que «foi o meu pai que contribuiu para fazer esta obra». Como qualquer monçanense, sinto esta terra como ninguém!”.
De realçar ainda uma nova passagem pedonal entre esta artéria e a Avenida das Portas do Sol, em que um dos lados do túnel é parcialmente em pedra. A razão, apurou a Rádio Vale do Minho, prende-se com o facto de estarem também ali vestígios de uma edificação secular.
Barbosa: “Fazer este tipo de obras é deixar uma marca. Não a marca do fui eu que fiz mas uma marca no sentido de dar a entender a paixão que colocamos diariamente no nosso trabalho.”
Há uma pontinha de vaidade? Claro que sim. “Dizemos sempre que os nossos filhos são os mais bonitos. Com esta rua não é diferente. É um filho meu. Acompanhei a obra desde a criação ao nascimento. Mas o importante é que todos trabalhamos para criar mais e melhores condições para quem reside neste território maravilhoso”, concluiu.
Recorde-se que os trabalhos nesta artéria foram adjudicados à empresa Armindo Afonso, Lda, pelo valor de 749.083,52 euros.
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