A Adega Cooperativa de Monção (ACM) prevê investir, durante o próximo ano, 1,5 milhões de euros em eficiência energética. Para além da modernização dos equipamentos industriais e do apoio à produção, aquela adega tem também em cima da mesa a construção de instalações fotovoltaicas de auto consumo e outros instrumentos de ampliação da poupança e da eficiência energéticas.
“Aproveitamos os tempos em que os desafios nacionais e internacionais mais se fazem sentir para preparar futuro, ampliando as suas capacidade e qualidade de produção e, totalmente consciente de que vive do que a terra produz, fazendo-o com uma fatura energética menor, quer para o ambiente, quer para os seus cooperantes, dando assim um forte e consciente contributo para o mundo mais sustentável que o futuro nos exige”, refere o Presidente da ACM, Armando Fontainhas.
A adega de Monção, concelho que juntamente com Melgaço forma uma sub-região demarcada dos Vinhos Verdes, e onde a casta Alvarinho é melhor representada, foi fundada a 11 de outubro de 1958, por iniciativa de 25 viticultores e produz, entre outros vinhos, as marcas “Alvarinho Deu La Deu”, “Muralhas” ou “Adega de Monção”.
Armando Fontainhas faz parte da direção da instituição desde 2001. Desempenhou as funções de vice-presidente durante 13 anos e, nos últimos nove anos, assumiu a presidência.
Segundo dados da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), a sub-região de Monção e Melgaço tem uma área total de 45 mil hectares, 1.730 dos quais cultivados com vinha, sendo que a casta Alvarinho ocupa cerca de 1.340 hectares.
A sub-região tem no mercado 253 marcas de verde, produzidas por 2.085 viticultores e 67 engarrafadores.
Por ano, os dois concelhos produzem 10,2 milhões de litros de vinho verde (74% branco, 10% tinto e 3% rosé).
Desde 2015, a produção de Alvarinho foi alargada a outras zonas do país, fora dos dois concelhos do Alto Minho, em resultado de acordo alcançado pelo Grupo de Trabalho do Alvarinho (GTA), constituído pelo anterior Governo PSD/CDS e liderado pela CVRVV, defensora do alargamento da produção daquele vinho aos 47 municípios que a integram.
O acordo foi aceite pelo município de Monção. Já os produtores de Melgaço, acionistas da empresa “Quintas de Melgaço”, cuja maioria do capital é detido pela autarquia, contestam o acordo, considerando que “prejudica” a sub-região.
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