A Associação Comercial e Industrial dos Concelhos de Monção e Melgaço (ACICMM) promete ‘bater o pé’ à vinda do quarto hipermercado para Monção. Durante a passada emissão do programa ‘Radiografia’, transmitido semanalmente pela Rádio Vale do Minho, o presidente daquela associação, Américo Reis, considerou que esta notícia “é uma surpresa. É quase surrealista! Acabei de escrever um e-mail que vou encaminhar para todos os partidos com assento no Executivo Municipal. Um documento onde manifestamos a nossa perplexidade sobre como é possível mais uma grande superfície vir para Monção”, revelou o líder da ACICMM. “O comércio tradicional já foi destruído pelas grandes superfícies que se instalaram cá. Foi um excesso e algo impensável. E essas superfícies não trouxeram nada de bom”, considerou Américo Reis.
“Horários anti-sociais e anti-familiares”
Recorde-se que o presidente da Câmara de Monção disse acreditar que a vinda da nova superfície trará ainda mais benefícios para a vila. “Há casos de pequeno comércio que, mesmo com as grandes superfícies em Monção, tem trabalhado bem. Estas grandes unidades trazem emprego. Colocam muita gente a trabalhar. Essa será uma das nossas exigências: gente de Monção a trabalhar lá”, frisou recentemente Augusto Domingues.
Américo Reis discorda totalmente. “Ninguém pode dizer-me que a causa são os postos de trabalho que vão ser criados em Monção. Todos nós sabemos que os postos de trabalho são precários. Todos sabemos que os horários que obrigam a fazer são quase que anti-sociais e anti-familiares. Não contribuem absolutamente nada para a coesão familiar e social!”, atirou o presidente da ACICMM. “É evidente que em alturas de crise e de falta de emprego as pessoas recorrem a esta oferta. Mas os empregos precários que essas grandes superfícies criaram contribuíram para que fossem perdidos no comércio tradicional empregos com alguma durabilidade”.
O presidente da ACICMM questiona ainda a escolha de Monção por parte desses grupos. “Essas empresas não são tontas! Existem estudos de mercado e existem, à partida, possibilidades de negócio. Caso contrário não vinham para cá. Haverá algo muito objetivo para essas empresas virem para cá e só pode ser vindo do lado de Espanha. Mas o que me interessa a mim é defender o comércio tradicional”, concluiu.
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