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Galiza

Modernização da Linha do Minho pode custar apenas nove milhões de euros a Portugal

11 Janeiro, 2012 - 08:19

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O secretário-geral do Eixo Atlântico garantiu que a modernização da Linha do Minho, para colocar a ligação entre Porto e Vigo em velocidades na ordem dos 150 quilómetros por hora, poderá custar ao Estado português "apenas" nove milhões de euros.

O secretário-geral do Eixo Atlântico garantiu que a modernização da Linha do Minho, para colocar a ligação entre Porto e Vigo em velocidades na ordem dos 150 quilómetros por hora, poderá custar ao Estado português "apenas" nove milhões de euros.
"Quase dá vergonha de o dizer. Estamos a falar de três milhões de euros por ano, em três anos. É quase o orçamento do Eixo", afirmou hoje Xoán Mao, à margem da reunião da Comissão Executiva daquele órgão.
Em causa estão 100 quilómetros de linha, entre Nine e Valença, num investimento estimado "até" 180 milhões de euros, que poderia ser comparticipado por fundos comunitários em 95 por cento do total, num montante disponível apenas até 2014 antes previsto para a ligação de alta velocidade.
"O dinheiro existe, é uma questão política", afirmou o secretário-geral do Eixo.
A redução dos tempos de viagem, atualmente em cerca de três horas, seria conseguida através da eletrificação, com novo material circulante e pela sinalização da linha.
Numa reunião realizada em setembro em Viana do Castelo, políticos, autarcas, empresários e utentes do Norte e da Galiza aprovaram uma declaração conjunta enviada aos ministros das Obras Públicas de Portugal e Espanha, solicitando um investimento "prioritário" na linha ferroviária entre Porto e Vigo.
"Esta ligação representa um pequeno investimento financeiro de cerca de 100 milhões de euros, que corresponde a 1/8 dos oitocentos milhões de euros que a Comissão Europeia concedeu a Portugal para a ligação ferroviária de alta velocidade Porto-Vigo e que se perderão se a obra não se realizar até final deste Quadro Comunitário de Apoio", lê-se na declaração.
O objetivo passaria por, segundo um estudo realizado sobre as formas de modernização daquela linha, permitir uma viagem entre Porto e Vigo em 75 minutos, para as viagens diretas, apenas com paragens em Barcelos, Viana e Valença.
"Estamos a falar de um serviço direto, três a quatro vezes ao dia, e outro, com as restantes paragens habituais, com a mesma frequência diária", estimou, na altura, Xoán Mao.
Uma viagem "mais cómoda, rápida e, claro, competitiva", acrescentou.
No documento enviada aos dois governos, os promotores assinalavam que a modernização da linha é "uma pretensão das comunidades do Norte de Portugal e da Galiza", sendo "tecnicamente financeira e viável" e que pode ser executada "até final deste Quadro Comunitário de Apoio".

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