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Caminha

Miguel Alves: ‘PSD tem uma lata descomunal’ / Liliana Silva: ‘PS está em desespero e desnorte’

5 Março, 2016 - 18:27

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‘Em entrevista ao ‘Minho Digital’, o autarca de Caminha disse que ‘PSD não tem nada de substantivo por dizer’. Aos microfones da Vale do Minho, o PSD lamenta que socialistas estejam em ‘desnorte e desespero’.

“O PSD tem uma lata descomunal”. A frase foi deixada pelo presidente da Câmara de Caminha numa entrevista publicada esta sexta-feira no «Minho Digital, semanário on-line. Entre os vários temas abordados, Miguel Alves foi questionado sobre a acusação feita pelo PSD de os números do ferry não corresponderem à verdade. Na resposta ao periódico, o edil socialista sublinha que “os números do ferry são claros, são públicos e são incontestáveis: de abril de 2015 (data em que o ferry voltou a funcionar) até ao final do ano, registaram-se 61.764 passageiros de Caminha para A Guarda e 53.173 passageiros de A Guarda para Caminha”. O autarca caminhense vai mais longe e diz até que o PSD “quis acabar com o ferry, comunicou aos trabalhadores que no final de 2013 a embarcação deixava de funcionar, cortou relações com A Guarda, não sistema de controlo de bilheteira, são conhecidos os problemas judiciais que resultaram do manuseamento descontrolado de dinheiro, ninguém sabia confirmar que o que entrava na bilheteira correspondia ao que entrava depois na tesouraria”.
Ouvida pela Rádio Vale do Minho, a líder do PSD Caminha começou desde logo por dizer que toda esta entrevista dada ao «Minho Digital» reflete “o desnorte e o desespero demonstrados pelo Dr. Miguel Alves”. Em tom pragmático, Liliana Silva começou por dizer que o que o PSD fez foi “lançar um alerta ao ter dito que o ferry estava a tornar-se insustentável face à dívida que A Guarda tinha para com Caminha, na altura. No fundo, era Caminha que estava a suportar o desassoreamento e todas as outras questões que envolviam o ferry”. Os números, continuou a dirigente ‘laranja’, estavam a tornar-se “incomportáveis” e “nessas coisas não vale a pena enganar as pessoas. Mas quem o parou realmente foi o Dr. Miguel Alves, não o Executivo do PSD”. Neste momento, lamenta a vereadora, “a dívida de A Guarda nem sequer está a ser paga. O presidente da Câmara de Caminha, talvez por amizades políticas, quase que já lhes perdoou a dívida. Temos uma Câmara que está com o prejuízo que está, e vai perdoar dívidas à localidade de A Guarda. Não me parece que seja uma boa gestão do ferry”.
Já sobre o número de passageiros, Liliana Silva esclareceu que “tinham sido publicados no site do Município números sobre o ferry boat que, feitas as contas (e fizemos em frente ao Sr. Presidente!) não batiam certo. Para além disso, o Sr. Presidente disse que há hoje muitos mais passageiros do que em 2013. E nós dissemos que não é possível comparar o que não é comparável. Se o anterior Executivo só calculava as viagens de Caminha para A Guarda, o atual Executivo não pode trazer para comparação as viagens de A Guarda para Caminha”.

“PSD não tem nada de substantivo por dizer”

Ainda na mesma entrevista feita pelo «Minho Digital», o presidente da Câmara esclarece que o valor da nova Biblioteca foi de 1,1 milhão de euros. O autarca socialista aponta ainda os meses de abril/maio para a entrada do espaço em funcionamento.
Recorde-se que o PSD de Caminha afirmou, em comunicado, que bastam duas questões “para verificar que a revista municipal, lançada no Natal pelo executivo, está carregada de informação falsa”. Um dos exemplos dados pelos social-democratas prendeu-se com a afirmação do presidente da Câmara quando disse que “Caminha vai ter uma biblioteca nova, num investimento de 1,8 milhões de euros”. “A Biblioteca de Caminha, conforme projetada pelo anterior executivo, é um investimento no valor de 900 mil euros, certificado e constante no Plano Plurianual de Investimentos”, realçou o PSD nessa mesma nota de imprensa.
Ao «Minho Digital», Miguel Alves continuou de baterias apontadas à direita. “O PSD como não tem nada de substantivo por dizer, fez cavalo de batalha de um lapso de escrita do editor da revista de natal. O valor da obra da biblioteca é público, eu já o referi dezenas de vezes, está nas placas das obras. Desta feita o editor do texto cometeu um erro. Vejo que o PSD lê com atenção as minhas entrevistas”, disse. “Pelo menos isso porque foram contra a obra da biblioteca e não lhes agrada que se possa fazer obra e pagá-la no momento. Sim, porque a biblioteca está praticamente paga e ainda não foi inaugurada”, concluiu Miguel Alves.
Aos microfones da Rádio Vale do Minho, a líder do PSD Caminha não perdoou. “Cada vez que algo não corre bem ao Dr. Miguel Alves, a culpa ou é dos técnicos, ou dos colegas da vereação, ou da secretária ou então agora (mais original) onde a culpa é do editor”, disparou Liliana Silva. “Não se pode ser assim! Temos de fazer política séria. Temos de olhar para os problemas do concelho com seriedade e não podemos estar com esta leviandade a atirar números para o ar”. “O PSD não faz «cavalo de batalha» de um lapso de escrita! O PSD faz «cavalho de batalha» da falta de apoio dada aos nossos munícipes, às nossas instituições e às nossas associações”.
Sem palavras brandas, a vereadora deixa a questão. “Quando o Sr. Presidente da Câmara se lembra de dizer que tem uma obra que já está paga e ainda não está concluída, vai ter ter de explicar isso muito bem explicado! Como é que se paga uma obra e se entregam as respetivas faturas se a obra ainda está a decorrer?”, concluiu.

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