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Caminha

Miguel Alves: PSD «cometeu disparate de cortar relações com a REFER»

9 Dezembro, 2016 - 23:33

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Travessa do Teatro vai mesmo ter passagem inferior pedonal.

A Travessa do Teatro, em Vila Praia de Âncora, vai ser dotada de uma passagem inferior pedonal sob a Linha do Minho, “devolvendo à população, em completa segurança, uma travessia histórica”. A certeza é dada pela autarquia de Caminha que, após “longa e complexa negociação”, chegou a acordo com a empresa Infraestruturas de Portugal (IP). “Não foi fácil mas é verdade: Vila Praia de Âncora terá uma passagem desnivelada sob o caminho de ferro junto à Travessa do Teatro. A Câmara Municipal e a Infraestruturas de Portugal chegaram a acordo sobre a construção desta passagem que vai voltar a juntar a Vila, a zona de comércio com a praia e a potenciar o seu desenvolvimento”, garantiu o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves.
De acordo com a edilidade, ficou acordado que a obra será realizada no contexto da eletrificação da linha do Minho, de Viana até Valença, incluída no Plano Ferrovia 2020. “Trata-se de uma intervenção previsivelmente bastante onerosa, do ponto de vista financeiro, mas sem custos diretos para a Câmara nesta fase. Neste momento, está terminada a negociação entre o Município e a IP, que permitiu também assegurar as responsabilidades de cada uma das entidades”, refere a autarquia em nota de imprensa. “A empresa desenvolverá o projeto e realizará a empreitada, sempre em coordenação e colaboração com a Câmara, e o Município, na fase de exploração, assegurará a conservação e manutenção da passagem inferior pedonal, nos termos do protocolo a celebrar entre ambas”.
Recorde-se que Miguel Alves, mesmo antes de ser eleito, reuniu com a REFER. Convidou, na altura, o seu presidente a visitar o local, e assumiu perante a população, ainda em campanha eleitoral, o compromisso de lutar pela melhor solução para a travessia e para Vila Praia de Âncora. Entretanto, o Executivo anterior tinha já dado nota publicamente do corte de relações com a empresa.

Miguel Alves: PSD “cometeu disparate de cortar relações institucionais com a REFER”

Assim, contou o presidente da Câmara, “o mais difícil foi remendar as asneiras do passado. No mandato anterior, como é público, a autarquia entendeu seguir uma política de confrontação com a REFER e cometeu o disparate de cortar relações institucionais com a empresa. Como prometido, reatámos essa relação tentando consolidar uma relação de confiança. Explicámos à IP que as pessoas e o comércio de Vila Praia de Âncora não podiam pagar pelos erros do passado, explicámos ao Governo que as obras de modernização da Linha do Minho seriam uma excelente oportunidade para avançar com este investimento”.
Discretamente, “enquanto alguns se entretinham a repetir que a obra era impossível e que a Câmara faltava a verdade, entendemos que devíamos seguir o nosso caminho, negociar e encontrar uma solução. Ela cá está: a obra será feita no âmbito da eletrificação da Linha do Minho e não vai custar um cêntimo aos cofres depauperados do Município. Uma grande vitória de Vila Praia de Âncora, sobretudo de todos os que não desistiram”, concluiu o presidente.
Recorde-se que as intervenções planeadas na Linha do Minho foram também identificadas como um dos investimentos prioritários pelo Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas – Horizonte 2014-2020 (PETI3+).
O projeto de modernização da Linha do Minho compreende intervenções já concluídas e intervenções em planeamento. Tudo aponta para que o concurso, de que fará parte a travessia inferior pedonal junto à Travessa do Teatro, em Vila Praia de Âncora, possa ser lançado no início do próximo ano, devendo estar concluído em meados de 2017. Só aí se iniciará a obra da modernização, no contexto da qual será feita a passagem da Travessa do Teatro.
Apesar do encerramento ao trânsito automóvel, devido a acordo anterior e a problemas legais, a circulação pedonal manteve-se até 2009, ano em que a travessia foi fechada, mas a população nunca se conformou.
A Infraestruturas de Portugal é a empresa pública que resulta da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.E. (REFER, E.P.E.) e a EP – Estradas de Portugal, S.A. (EP, S.A.). Essa fusão foi consagrada em junho de 2015.

[Fotografia: Direitos Reservados]

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Link para a notícia: https://www.radiovaledominho.com/#!news-28761 [copie o link para a barra de endereços]

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