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Caminha

Menino de dois anos vai mesmo receber mão mioelétrica em dezembro mas após doação anónima

17 Novembro, 2011 - 08:16

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Uma criança de dois anos que nasceu sem uma mão vai receber uma prótese mioelétrica em dezembro, fruto de uma doação anónima, depois de frustrada uma campanha de recolha de tampas de plástico.

Uma criança de dois anos que nasceu sem uma mão vai receber uma prótese mioelétrica em dezembro, fruto de uma doação anónima, depois de frustrada uma campanha de recolha de tampas de plástico.
"Finalmente posso anunciar que o Diogo já tem a data para ir fazer o molde da mão, que será no final deste mês. Duas semanas depois já terá a prótese colocada, o que será um alívio muito grande para todos nós", explicou Elisabete Farinhoto, a mãe da criança, de Caminha.
Os 8.400 euros necessários para a instalação desta prótese serão doados por um anónimo que decidiu suportar na íntegra este custo, depois de perceber as dificuldades da família, sobretudo após frustrada a campanha de recolha de "tampinhas".
"É avô e quer dar a mão ao Diogo. Foi um verdadeiro anjo que nos apareceu, é a única coisa que podemos dizer", acrescenta Elisabete, apesar de reconhecer que o processo "ainda está no início".
"Basta dizer que sensivelmente a cada dois anos, até à idade adulta, vamos ter de trocar de prótese. Mas, pelo menos, esta já está", desabafa.
Quanto à campanha de angariação de fundos, até pode ir parar a tribunal, tendo em conta as "muitas dúvidas" que a mãe tem nesta altura. A campanha pelo filho Diogo foi desenvolvida pela cooperativa Dar-a-Sorrir e traduziu-se na recolha de tampinhas, entre outras iniciativas.
A Ceinop, uma empresa da Póvoa de Varzim, teria prometido financiar a mão em troca de 18 a 19 toneladas de tampinhas, o que deveria ter acontecido em agosto.
Acabaram por recolher em todo o país cerca de 23 toneladas, quando foram informados que, afinal, seriam necessárias 46 toneladas, tendo em conta que o plástico passou de 450 euros por tonelada para 200 euros.
A administração da Ceinop disse apenas que a necessidade das 19 toneladas terá resultado de "um mal-entendido" provocado por uma cooperante da Dar-a-Sorrir.
Esta associação, por seu turno, reservou explicações sobre a situação para mais tarde.
"Entreguei tudo, mesmo assim ainda estamos a falar de 4.000 euros, e nunca me deram sequer um papel. Por isso, com estas pessoas, já não quero mais nada, apenas dar seguimento para entregar esse dinheiro a outra criança que precise", rematou.
O Diogo nasceu a 20 de maio de 2009, sem a mão direita, alegadamente vítima de uma amputação dentro da barriga, mas desde agosto que usa uma mão estética.

FONTE: LUSA

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