A boa nova foi anunciada esta quarta-feira pelo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço, Jorge Ribeiro. O Lar Pereira de Sousa e o Cantinho dos Avós, geridos pela instituição, vão ser muito em breve alvo de intervenções que vão resultar em mais espaço e maior comodidade para utentes e funcionários.
Só no Lar Pereira de Sousa, o investimento ronda os 4 milhões de euros, financiado em 72% pelo programa PARES. Quanto ao montante restante, a Santa Casa da Misericórdia de Melgaço irá recorrer a capitais próprios. Contará com o apoio do Município e da comunidade.
“O Lar Pereira de Sousa vai sofrer uma remodelação profunda. Todos os espaços vão ser remodelados. Vai ser redimensionado e irá haver toda uma mudança na estrutura ou seja, por exemplo, onde hoje é a cozinha poderão vir a ser quartos”, revelou em declarações à Rádio Vale do Minho.
A ampliação vai estender-se ao nível dos quartos. Dos atuais 55 passará para 87 quartos, o que permitirá evidentemente acolher mais utentes.
“Estamos a falar de um edifício com quase 40 anos, que precisava desta intervenção”, considera Jorge Ribeiro.
O início das obras ainda não tem data marcada, mas o Provedor acredita que vão começar no início do segundo semestre deste ano. Obras que, estima Jorge Ribeiro, deverão durar “entre um a dois anos”.
Cantinho dos Avós vai crescer
O Lar Cantinho dos Avós também vai ser alvo de uma intervenção, mas não tão profunda como a do Lar Pereira de Sousa.
O valor do investimento ronda os 700 mil euros, financiado em 75% também pelo programa PARES.
“Aqui estamos a falar de uma ampliação. Vai ser criada uma ala nova com 10 quartos duplos. Isto vai permitir com que esta estrutura passe a ter uma capacidade a rondar a meia centena de utentes”, apontou o Provedor.
Nesta altura, o Cantinho dos Avós possui 10 quartos duplos e 10 singles. Serão acrescentados mais 10 duplos o que resulta num total de 50 camas só neste lar que conta atualmente com 30 utentes.
O início dos trabalhos está também previsto para o início do segundo semestre deste ano. A conclusão está programada para “a Primavera do próximo ano”.
O que vai acontecer aos utentes quando começarem as obras?
Ainda aos microfones da Rádio Vale do Minho, o Provedor garantiu que está já tudo planeado por forma a minimizar o impacto destas intervenções na vida dos utentes dos dois lares.
“No Cantinho dos Avós será simples, dado que o nascimento da ala nova não irá afetar a rotina dos utentes e funcionários. Já no Lar Pereira de Sousa, a obra irá ser faseada: à medida que surgir uma ala nova, os utentes serão transferidos para aí e passamos a intervir na ala antiga que ficou vaga… e assim sucessivamente”, explicou.
Visivelmente satisfeito, Jorge Ribeiro sublinha que “o Lar Pereira de Sousa necessitava desta intervenção e o Cantinho dos Avós também, pela procura que tem tido. É um autêntico marco histórico!”, concluiu.
Manoel Batista: “Estamos em momentos simpáticos para o Município”
O presidente da Câmara de Melgaço mostrou-se muito satisfeito com estes dois projetos. No seu discurso, Manoel Batista começou por dizer que “estamos em momentos simpáticos para o Município de Melgaço”.
“Temos tido a capacidade e também a sorte de desenvolver esforços necessários para que investimentos cruciais no nosso território aconteçam, sobretudo na área social”, disse Manoel Batista.
Antes de regressar ao setor social, o autarca melgacense revelou que esteve nesse mesmo dia em Vila Real, onde a ministra da Coesão Territorial anunciou que Melgaço já garantiu 11,8 milhões de euros para modernização de áreas empresariais.
Presidente da Câmara visivelmente agradado com os investimentos a decorrer em Melgaço
[Fotografia: DR]
Foi nesta cidade que se realizou esta quarta-feira a cerimónia de assinatura dos contratos das áreas de acolhimento empresarial de Melgaço (11,8 milhões de euros de euros) Chaves (11,1 milhões de euros) e Vila Real (7,9 milhões de euros).
O objetivo é requalificar e modernizar as zonas industriais já existentes.
Batista regressou ao tema em cima da mesa e sublinhou que “o setor social é fundamental no nosso País. Digo-o porque durante muitos anos tive a oportunidade de trabalhar nesta área e perceber de forma concreta quais são as dificuldades para a construção ou requalificação dos equipamentos”, referiu.
Enalteceu ainda “a visão” do Governo no setor social, mais concretamente em relação a um programa PARES “ambicioso que permitiu a muitas instituições ter financiamento” para concretizar estas obras.
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