Foram plantadas 120 árvores da espécie autóctone Betula celtiberica (vidoeiro) ao longo da antiga Estrada Nacional, entre a Vila de Melgaço e Castro Laboreiro, sobretudo na zona de montanha.
A plantação das árvores resulta de uma exigência da autarquia, assumindo-se como uma ação compensatória dos cortes realizados em virtude dos trabalhos de transporte dos mais recentes aerogeradores no subparque eólico de Picos.
Recordamos que a decisão para abater as árvores, entre algumas espécies autóctones e espécies consideradas invasoras, como as acácias, teve em conta todas as consequências para o território, a vários níveis.
“Por tal, foi desenvolvido um Plano de Plantação, adaptado às necessidades futuras, como forma de colmatar esta realidade para a qual não havia alternativa. O nosso vice-presidente, José Adriano Lima, esteve no local, com a equipa de trabalho, avaliando o Plano definido”, explica a autarquia.
A responsabilidade dos trabalhos de plantação foi da empresa FP ARBOR, mas o Plano foi estudado e desenvolvido em conjunto com técnicos do município e a empresa responsável pelo parque eólico, a Finerge, S.A., de forma a serem acauteladas diversas situações, nomeadamente as condições dos locais e a necessidade de um futuro transporte, precavendo que não haja necessidade de se proceder a podas ou a novos cortes de árvores.
As árvores foram plantadas utilizando-se três tutores e um elástico, de forma a guiar o seu crescimento. Os tutores permitem também a fixação de uma malha de proteção, que impede que os animais as destruam.
Veja a galeria de fotos [créditos: Município Melgaço]
O investimento ficou a cargo da empresa gestora do parque eólico, a Finerge, S.A., que, aliás, segundo o Município, terá ainda de proceder à colocação de railes e ultimar a limpeza dos sobrantes lenhosos ao longo da estrada, resultantes dos cortes e desmatações realizadas.
Recorde-se que Melgaço está inserido no maior parque eólico do País, localizado na região do Alto Minho, que se subdivide em cinco subparques.
Melgaço, juntamente com Monção, integra o subparque de Santo António, com uma potência instalada de 32MW; o subparque do Alto do Corisco, com uma potência instalada de 70,6MW; e o subparque de Picos, com uma potência instalada de 52MW.
Juntos, os cinco subparques, contribuem para a redução de 500 mil toneladas de dióxido de carbono por ano.
“Colaboramos com a economia nacional através da produção eólica que aqui é feita e que permite autonomia de uma cidade média de 250 mil habitantes. Produzimos 15 vezes mais eletricidade renovável face ao total de energia que consumimos. A nossa economia local claramente que ganha com tal. Através desta energia eólica ficam dividendos, fica financiamento para as juntas de freguesia e para o município”, refere o nosso presidente, Manoel Batista.
No subparque de Picos houve a necessidade de se instalarem novos aerogeradores, com uma potência muito superior à dos atuais – a saber que os antigos tinham uma potência de 2MW e os novos de 5MW.
Uma tentativa de tapar olhos… E fazer umas fotos politicamente correctas….
Estão a incluir na notícia árvores plantadas fora da zona onde se deu a chacina de árvores autóctones… Ninguém anda a dormir assim tanto….