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Melgaço: Paderne celebrou Santos Mártires debaixo de chuva – veja as FOTOS

16 Janeiro, 2020 - 19:07

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PUB A chuva intensa que se fez sentir durante a tarde na freguesia de Paderne, em Melgaço, não foi suficiente para demover a Fé do povo. Eram cerca das 15h00 […]

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A chuva intensa que se fez sentir durante a tarde na freguesia de Paderne, em Melgaço, não foi suficiente para demover a Fé do povo. Eram cerca das 15h00 e já várias dezenas se concentravam nas bermas da estrada que levava à Igreja local para assistir à Procissão dos Mártires.

Esta tradição religiosa, seguida de Eucaristia, é tida como uma“mais belas e mais singulares do Alto Minho”. Pretende recordar o ano de 1219, segundo explica João Paulo Rodrigues – entusiasta pela história da freguesia – “quando S. Francisco de Assis enviou em missão para Marrocos seis frades menores. Um deles adoeceu pelo caminho. Os outros continuaram a jornada. Foram recebidos em Coimbra pela Rainha D. Urraca, esposa do Rei D. Afonso II”.

A rainha ficou curiosa e terá pedido aos frades que lhe falassem sobre a sua morte. Quem morreria primeiro? Ela ou o rei? Na resposta, prossegue ainda o investigador “os frades disseram que ela morreria quando os seus corpos chegassem de Marrocos imolados em nome de Jesus Cristo. O primeiro dos dois que visse os frades mortos, morreria primeiro. Já em Marrocos, os frades foram martirizados por pregarem o Cristianismo. Os corpos regressaram a Coimbra. Foi a rainha quem os viu primeiro. E foi a primeira a falecer”.

Atualmente, as relíquias destes Santos Mártires – assim são chamados – estão na Igreja de Paderne. São dadas a beijar ao povo neste dia. 

Assim aconteceu mais uma vez esta quinta-feira. A procissão, acompanhada também por várias dezenas de devotos, saiu do lugar de Sante, da capela da Srª dos Remédios, pelas 16h00. Na frente, cinco crianças vestidas de frades (representando os 5 mártires de Marrocos. Berardo, Otão (sacerdotes), Pedro (diácono), Acúrsio e Adjuto (leigos) enviados por S.Francisco de Assis com uma cimitarra (espécie de espada árabe) apertada ao pescoço, com a testa cheia de tintura, fingindo sangue.

Segue-os um homem disfarçado de Miramolim (representando o responsável pelo martírio). Já muito próxima da Igreja, a procissão parou. Seguiu-se a habitual encenação. Os frades foram acorrentados e entregues ao Mirabolim. 

A procissão retomou a marcha, com a presença do Bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto. Já no interior do Convento seguiu-se a Eucaristia e Pregação alusiva ao martírio dos franciscanos.

 

Veja a nossa galeria de fotos da edição deste ano da Procissão dos Mártires, em Paderne:

 

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