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Melgaço: Jovens da APPACDM já trabalham num vinho que promete “despertar consciências”

14 Março, 2019 - 08:12

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A Quinta de Soalheiro já está a acolher nas suas vinhas utentes da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM). Trata-se da iniciativa Germinar, que passa […]

A Quinta de Soalheiro já está a acolher nas suas vinhas utentes da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM). Trata-se da iniciativa Germinar, que passa pela integração destes utentes provenientes da delegação de Valença daquela associação. Um projeto social encabeçado pelo Clube de Produtores de Monovarietais do Vinho Verde, promovido pelo Soalheiro, desafiado por um casal produtor de uvas que integra o Club de Produtores – a exploração vitícola L’Campo. O objetivo, explicam, passa passa por “promover o desenvolvimento pessoal, profissional e emocional destes utentes, sempre em função das competências ajustadas as cada perfil de integração”.

 

Projeto espera uma “participação colaborante” da sociedade

 

O motor central do projeto é António Matos, que para além de produtor de uvas é também Técnico Superior de Serviço Social e está a fazer o acompanhamento in loco dos jovens que já iniciaram o trabalho nas vinhas. Para o gestor do projeto “o meio laboral é um grande veículo, catalizador da participação social, onde nos podemos sentir integrados como fazendo parte de algo, co-construtores da sociedade/realidade e de nós mesmos, um lugar onde pode emergir o sentimento de autorrealização”. “Este projeto, quer fazer germinar este sentimento nas pessoas”, salienta.

A expetativa é, em breve, desenvolver um produto que possa autossustentar economicamente esta parceria. “Pretende-se uma participação colaborante da sociedade, não numa logica de caridade, mas numa lógica de reconhecimento da qualidade do produto produzido com a participação destas pessoas, que de outra forma não teriam essa possibilidade”, sublinha a Quinta de Soalheiro.

 

Um vinho que “vai despertar consciências”

 

Para a Diretora da delegação de Valença da APPACDM, Helena Pereira, “este projeto é uma oportunidade de contribuir para o desenvolvimento de um conjunto de competências inerentes ao trabalho feito diariamente na instituição”. A responsável não tem dúvidas de que “capacitar para o exercício da autodeterminação destes jovens, principalmente focando um setor tradicional da nossa região, fará certamente a diferença no seu futuro”. Notoriamente satisfeita, Helena Pereira antevê ainda que “um vinho que tenha no seu rótulo a génese do trabalho destes jovens, ao ser servido vai despertar consciências para a igualdade de oportunidades e capacidades e, acima de tudo, consciencializar para a contributo laboral válido que podem dar”.

Mas o desafio lançado não fica pelo trabalho na vinha. Os utentes da instituição irão ainda conceber o rótulo e a caixa para o produto final. “O que vamos dar é a energia inicial e ceder a estrutura. A nossa energia é o nosso trabalho. Queremos que o projeto cresça e possa em breve integrar mais gente. É uma obrigação das empresas partilhar o que corre bem com a sociedade. O apoio social deve ser algo inerente à política de desenvolvimento sustentável”, afirmam os produtores do Soalheiro.

 

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