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Melgaço: Há quatro anos ela caiu em força – Este ano… ninguém sabe dela

26 Fevereiro, 2020 - 18:52

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PUB Ao princípio da noite do dia 26 de fevereiro de 2016, a neve começou a cair em força nos pontos mais altos de Melgaço. Quase tão precisa com um […]

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Ao princípio da noite do dia 26 de fevereiro de 2016, a neve começou a cair em força nos pontos mais altos de Melgaço. Quase tão precisa com um relógio, a branquinha nunca falhava. Cobriu Castro Laboreiro e proporcionou um manto branco que encantou locais e turistas nos dias seguintes.

O cenário é semelhante ano após ano. Ou era… porque nestas terras castrejas ainda ninguém viu neve em 2020. “Claro que está atrasada. Noutros tempos nevava muito. Vi há pouco a meteorologia espanhola e não vai haver nada nos próximos dias. Isto prejudica-nos porque vem muita gente aqui”, disse recentemente à Rádio Vale do Minho Adílio Pereira, proprietário da Pastelaria A Castrejinha, naquela vila.

Tanto a meteorologia portuguesa como a espanhola dão chuva e aguaceiros para os primeiros dias de março. Muita chuva… mas de neve, nem sinal.

“Anda tudo trocado. Quando era um rapaz novo cheguei a ver por aqui quase um metro de neve!”, recordou à Rádio Vale do Minho. Mas agora os tempos mudaram.

O Sr. Adílio – assim é conhecido por toda a gente –  é hoje seguido por milhares de pessoas nas redes sociais. Chamam-lhe carinhosamente de meteorologista ou então o homem do tempo. 

O aquecimento global estará certamente relacionado com esta situação. A escassez de neve locais e épocas específicas onde outrora havia muita tem tido impactos significativos nas economias locais.

Em dezembro do ano passado, conforme deu conta a RTP, a escassez de neve na Serra da Estrela provocou quebras nas reservas de alojamento que chegaram aos 50 por cento.

Pela Europa, uma das situações mais preocupantes encontra-se nos Pirinéus. De acordo com a revista Visão, o aumento da temperatura média nos Pirenéus em 1,2 graus centígrados nos últimos 50 anos faz prever que esta cordilheira perca metade da sua neve até 2050 e, se nada for feito, 80% antes do final do século.

 

[Fotografia: Screen Vídeo Adílio Pereira / 26 fevereiro 2016]

 

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