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Melgaço

Melgaço entre os concelhos menos afetados pelos incêndios

21 Agosto, 2015 - 16:50

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Aos microfones da rádio Vale do Minho, Manoel Batista lamentou entraves do Governo na ativação dos Sapadores do Município.

O verão tem sido sereno em Melgaço no que diz respeito a incêndios. O balanço foi feito à rádio Vale do Minho pelo presidente da Câmara, que apenas abriu exceção ao fogo que deflagrou há duas semanas em Monção e que se estendeu até às portas do concelho vizinho. “Tivemos alguns focos de incêndio no nosso Município. Felizmente todas essas situações foram rapidamente intervencionadas e não tiveram consequências de maior no território florestal. Quanto ao incêndio que veio de Monção, que foi realmente dramático, chegou a entrar no nosso território nas freguesias de Penso e Cousso. Provocou alguns danos, mas sobretudo em zonas de mato”, disse Manoel Batista à rádio Vale do Minho. “Foram danos bastante controlados e, até agora, não temos um balanço muito negativo em relação aos incêndios. Não é tão dramático como há dois anos, em que tivemos aqui dois incêndios muito grandes que muito nos dizimaram a floresta”, recordou.

Equipa de Sapadores do Município espera ativação

Aos microfones da Vale do Minho, Manoel Batista lamentou ainda as dificuldades que o poder central está a colocar quanto ao regresso da equipa de Bombeiros Sapadores do Município. “Temos duas equipas de sapadores no nosso Município. Uma é propriedade das Comissões de Baldios de Castro Laboreiro. A outra é a do Município e nós estamos, desde o final de Março, com essa equipa de sapadores desativada”, disse o autarca socialista. “A DGAL [Direção Geral das Autarquias Locais], que é o organismo que gere as autarquias, não autorizou ainda a abertura do concurso para podermos recrutar os elementos necessários para continuarmos com a equipa a funcionar. Esteve operacional durante cinco anos e, no final desse período, o contrato de trabalho dos nossos sapadores terminou. Queremos abrir esse concurso que está já autorizado pela Câmara e pela Assembleia Municipal mas não conseguimos porque a DGAL ainda não nos autorizou”, continuou o edil. “Lamento que o Governo ponha tantos entraves para que se resolvam de forma célere estas questões administrativas e assim podermos ter os instrumentos de trabalho necessários para intervir na nossa floresta”, concluiu.
Portugal teve este ano quase 13 mil fogos, mais do que a média da última década, mas menos área ardida (quase 44 mil hectares), segundo um relatório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas divulgado esta semana.
De acordo com o documento, entre 1 de janeiro e 15 de agosto registaram-se 12.810 ocorrências (com 2.655 incêndios florestais e 10.155 fogachos), das quais resultaram 43.844 hectares de área ardida (21.934 hectares de povoamentos e 21.910 hectares de matos). Comparando com os dados da última década registaram-se mais quatro por cento de ocorrências relativamente à média dos anos entre 2005 e 2014 mas com menos área ardida, menos 22 por cento do que a média da última década. Segundo esses números, nos anos de 2005, 2006, 2010 e 2012 houve mais área ardida (contabilizando os mesmos períodos).
Os distritos mais afetados em relação à área ardida foram os de Viana do Castelo (8.649 hectares), Guarda e Braga.

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