Um grupo de Bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Melgaço (AHBVM) diz-se revoltado com o que considera serem cortes salariais “ilegais” de que foram alvo nos últimos meses.
A notícia, que está a ser avançada pelo jornal Voz de Melgaço, dá conta de que foi retirada àqueles profissionais uma parcela no ordenado. Montante este calculado pela Direção da corporação que o suspendeu devido a “eventuais faltas na limpeza das viaturas de serviço”.
Face a esta suspensão, os profissionais afectados pelos cortes recorreram para a Autoridade para as condições do Trabalho (ACT), que confirmou existir uma “ilegalidade” nesta redução salarial.
Por indicação da ACT, em Agosto do corrente ano, a Direcção da corporação repôs os valores retidos aos bombeiros, referentes aos meses de Abril e Maio.
Mas as irregularidades nos pagamentos não se esgotam aqui. Revela ainda o Voz de Melgaço que a verba destinada às equipas que integraram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), transferida pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para os bombeiros numa única tranche mensal, estaria a ser paga pela AHBVM “a partir do dia 15 de cada mês” e em Setembro “foi pago em duas partes”.
A desmotivação cresce entre os bombeiros e, àquele jornal, fonte da corporação disse mesmo que “há já alguns que falam em procurar novos horizontes, inclusive um deve sair já este mês [novembro]. A única vontade que existe é de abandonar tudo”.
Contactado pelo Voz de Melgaço, o presidente da AHBVM, Luís de Matos, garantiu que todos os pagamentos relativos às Equipas de Combate a Incêndios (ECIN) já estão “regularizados”. O único assunto pendente, acrescentou, prende-se com o “inquérito às faltas”.
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