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Melgaço

Melgaço: ‘Behemoth’ foi o grande vencedor do «Filmes do Homem»

9 Agosto, 2016 - 17:23

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Filme de Zhao Liang apresenta a exploração de emigrantes da Mongólia em condições de trabalho sub-humanas, para alimentar a moderna e agressiva economia da China.

“Behemoth” foi o grande vencedor da edição deste ano do festival “Filmes do Homem”, em Melgaço. O filme de Zhao Liang apresenta a exploração de emigrantes da Mongólia em condições de trabalho sub-humanas, para alimentar a moderna e agressiva economia da China. A relevância do tema apresentado e o registo estético e ético, com a apresentação de uma problemática social assente em relevantes qualidades formais das imagens, sons e montagem, cativou o júri do prémio Jean loup Passek e venceu na categoria de melhor longa-metragem internacional.
O júri, composto por Manuela Penafria, Margarida Cardoso, Renato Athias, Tiago Afonso e Xurxo Chirro, considera que “o filme coloca a arte numa relação direta não apenas com a vida tal qual ela é mas, sobretudo, com a sua transformação a partir de valores que dignificam o ser humano”.
Na categoria de curta ou média-metragem, a realizadora Iris Zaki venceu o prémio internacional com o filme “Women in Sink” ( Reino Unido/ Israel). A partir de um cabeleireiro em Haifa, Israel, a realizadora conversa com as clientes, israelitas e palestinianas, enquanto lhes lava o cabelo. Margarida Cardoso, em representação do júri, destacou a originalidade do dispositivo fílmico que permitiu à realizadora uma narrativa envolvente e risível, à medida que nos revela um mundo em conflito.
O júri considerou “A Toca do Lobo” (Portugal), de Catarina Mourão, o melhor documentário português a concurso, por revelar “um universo pessoal e íntimo, através de uma abordagem cinemática e poética, ao mesmo tempo que apresenta uma reflexão profunda sobre tempo e memória”.
A terceira edição do Festival Internacional de Documentário “Filmes do Homem” encerrou com a projeção ao ar-livre de “Volta à Terra”, de João Pedro Plácido, na torre de Melgaço. Durante seis dias passaram pelo festival quase quatro dezenas de filmes, 27 deles a concorrerem ao prémio Jean loup Passek.
Carlos Viana, diretor do festival e presidente da associação Ao Norte, destaca este ano a forte presença dos realizadores oriundos de países tão diversos como a Austrália, Israel, Irão, Alemanha, Inglaterra, França, Espanha e, claro, Portugal. Um total de 19 realizadores apresentaram os seus filmes e responderam às perguntas do público, num ambiente descontraído e de grande confraternização.
O “Filmes do Homem”, que decorreu entre 2 e 7 de agosto, foi organizado pela Câmara Municipal de Melgaço em parceria com a AO NORTE – Associação de Produção e Animação Audiovisual, e pretendeu promover e divulgar o cinema etnográfico e social, refletir sobre identidade, memória e fronteira e contribuir para um arquivo audiovisual sobre a região.

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