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“Não há segredo nenhum. Não somos melhores que nada nem ninguém. Tem sido um misto de sorte e de trabalho e sobretudo uma população que tem cuidado bastante da sua segurança”. Foi desta forma que, visivelmente satisfeito, o presidente da Câmara de Melgaço reagiu aos números dados pelo relatório epidemiológico da Unidade Local de Saúde do Alto Minho emitido esta terça-feira.
Em plena segunda vaga da pandemia provocada pelo novo coronavírus, Melgaço está novamente sem casos ativos. Um concelho que, recorde-se, esteve entre os mais afetados do Vale do Minho durante a primeira vaga.
“No final de um verão cheio de gente aqui em Melgaço e no final das vindimas, vemos que a persistência e o civismo da população – e também com um golpe de sorte – conseguimos voltar ao zero”, enalteceu o autarca melgacense em tom orgulhoso, aos microfones da Rádio Vale do Minho.
Mas o Outono está aí. Tempo de gripes e propício a contágios de diversas índoles. Manoel Batista reforça lembra que ainda não é altura de festejar e pede à população para “não baixar a guarda”.
“É preciso estar atento em todos os setores desde a educação, passando pela saúde até à terceira idade. Teremos de ter uma cautela enorme no período que se segue”, frisou o autarca.
Contas feitas, Melgaço segue agora com 85 casos confirmados, 73 casos recuperados e 12 óbitos registados.
Portugal passou de 1.957 para 1.963 mortes por COVID-19, e de 74.029 para 74.717 casos totais.
Quer isto dizer que o boletim publicado pela Direção Geral da Saúde, nesta terça-feira, regista mais 688 casos e seis mortes a lamentar (cinco delas na Região de Lisboa e Vale do Tejo, e a outra na Região Centro).
De referir ainda que 69 por cento dos novos casos foram registados na zona da capital (mais 478).
[Fotografia: Rádio Vale do Minho]
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