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Alto Minho

Marinha: Patrulha entregue em 2011 recebe armamento novo

10 Maio, 2012 - 11:43

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O NRP Viana do Castelo, o primeiro navio-patrulha construído nos estaleiros daquela cidade para a Marinha, regressou à empresa para substituir a artilharia que levava a bordo, com 40 anos, montada de forma provisória.

O NRP Viana do Castelo, o primeiro navio-patrulha construído nos estaleiros daquela cidade para a Marinha, regressou à empresa para substituir a artilharia que levava a bordo, com 40 anos, montada de forma provisória.

Fonte da Marinha disse à Lusa tratar-se da substituição da peça de artilharia de 40 milímetros (mm) que foi “colocada provisoriamente a bordo”, por uma outra, de 30 mm, “nova e conforme previsto desde a sua construção”.

“O navio só não saiu da empresa em 2011 com a peça nova por uma questão de disponibilidade da empresa fornecedora”, explicou a mesma fonte.

A operação arrancou esta semana nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, “no âmbito do contrato de aquisição e período de garantia”, sendo que o navio, o primeiro de uma encomenda de oito, será ainda submetido a uma intervenção planeada, agora que completou um ano totalmente integrado na Marinha.

A peça de artilharia que será retirada, uma Boffors de 40 mm, foi reciclada a partir de antigas corvetas, desmanteladas, e já somava mais de 40 anos de serviço.

Apesar de “ainda operacional e capaz”, a Marinha chegou a admitir que apresentava limitações, como o facto de o comando ser manual e local, ou seja, “guarnecida por pessoal artilheiro”.

“Com todas as desvantagens que um sistema destes acarreta, rigor de tiro dependente do rigor do pessoal que a guarnece, exposição no exterior do navio e numa zona complicada, no castelo do navio, em condições de mau tempo”, admitiu ainda a fonte.

O contrato de aquisição de duas peças de artilharia de 30mm à empresa Oto Melara, destinadas ao primeiro par de patrulhas, NRP Viana do Castelo e NRP Figueira da Foz (em fase final de construção), foi assinado em outubro de 2010, mas a aprovação pelo Tribunal de Contas apenas aconteceu em dezembro.

Estes sistemas de artilharia de 30 mm, que vão agora equipar o primeiro par de navios-patrulha oceânicos, custaram, segundo o contrato de 2010, cerca de quatro milhões de euros e são comuns ao das viaturas blindadas ligeiras anfíbias (VBLA) da Marinha, pelo que se torna “vantajoso também do ponto de vista logístico”, dizem as fontes contactadas pela Lusa.

Segundo a Armada, a escolha de artilharia de 30 mm teve como base “uma avaliação técnica conduzida” pela Direção de Navios da Marinha Portuguesa e “a análise à tendência de mercado”, que apontam estes sistemas, com controlo de tiro do tipo EO/IR (electróptico e infravermelho) “como uma solução equilibrada e de futuro para a defesa própria do navio”.

Com 83 metros de comprimento, estes novos patrulhas, de desenho e conceção nacional, podem receber um helicóptero Lynx e estão ainda equipados com duas lanchas que podem transportar 25 pessoas.

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