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“Estamos a atravessar um período muito crítico e não se vê a luz ao fundo do túnel”. Foi desta forma que o presidente da Câmara de Valença, Manuel Lopes, descreveu esta quarta-feira à Rádio Municipal de Tui o estado em que se encontra o concelho que atualmente apresenta 119 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus (COVID-19).
Aos microfones daquela emissora galega, o autarca valenciano admitiu não ter quaisquer previsões sobre para quando o pico desta segunda vaga em Valença.
“Nos últimos dias temos tido um aumento significativo de novos casos, embora 90 a 95% deles sejam assintomáticos. Por um lado, isso traz-nos alguma tranquilidade mas por outro traz-nos inquietude”, disse. “Os assintomáticos poderão andar no meio das outras pessoas propagando o vírus sem se aperceberem”.
Valença, recorde-se, é um dos 121 concelhos de Portugal Continental que está em Risco Elevado de contágio da COVID-19. Está já sujeito às novas regras impostas a este tipo de territórios. Uma delas é o recolher obrigatório, que será mais apertado nos próximos dois fins de semana: entre as 13h00 e as 5h00 do dia seguinte.
Manuel Lopes mostra-se confiante que a população irá cumprir e que os número de novos casos irá diminuir em Valença.
“Espero que todos se mentalizem que isto não toca só aos outros. Digo sempre que este é um vírus que gosta de pessoas distraídas e à mínima distração pode tocar-nos a nós”, alertou o presidente da Câmara.
Em tom preocupado, o autarca espera mesmo ver melhorias. “Medidas mais duras iriam custar ainda mais a todos”, disse o presidente da Câmara que terminou a qualificar o estado do concelho como “preocupante”.
[Fotografia: Município Valença]
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