“Um território não pode ser gerido tendo em conta calendários eleitorais nem tendo em conta pequenos interesses de curto prazo”. Foi desta forma que o presidente da Câmara de Melgaço iniciou o seu discurso na sessão solene do Dia da Diáspora, decorrida este sábado no Salão Nobre daquela edilidade. Considerações que justificaram a decisão da autarquia em apresentar, nesta mesma cerimónia, um Plano Estratégico que está a ser delineado para o Município. “Lancei o desafio a uma equipa transversal de especialistas para pensarem Melgaço não para o imediato, mas perspetivando um futuro de horizonte largo e vasto”, revelou Manoel Batista.
“Estamos a construir um futuro nas certezas que hoje temos, que são as qualidades e as riquezas deste território. Queremos colaborar na construção de um Município moderno, sustentável e inovador partindo das capacidades endógenas e da captação de novos negócios em áreas diversas”, explanou o autarca socialista. “Para isso acontecer, precisamos de investimento público e nessa área muito temos já preparado, implementado e temos condições para que a breve trecho muito mais aconteça. Mas precisamos de investimento privado! Tanto dos melgacenses como de fora de Melgaço. Ele está a começar a acontecer com intensidade”, avaliou. “Precisamos de uma autarquia organizada e eficaz na gestão. A boa gestão é nosso património e temos a certeza absoluta que é também o caminho a ser percorrido no futuro”, realçou.
Com esta cerimónia de atribuição de condecorações e distinções honoríficas, explicou Manoel Batista, “temos por finalidade homenagear publica e simbolicamente personalidades que contribuíram e contribuem para o engrandecimento e dignificação do Município”. Uma cerimónia que tem vindo a realizar-se sempre em agosto “porque é o mês em que cá estamos todos! Os que aqui estamos todo o ano e os que daqui somos, mas que o trabalho levou até longe”. Para os emigrantes do concelho, o presidente da Câmara concluiu a pedir um forte aplauso. Foi correspondido em peso pelos presentes.
Mas o grande homenageado da sessão foi o Professor Doutor José Marques. Natural de Melgaço, é atualmente um reconhecido historiador com uma vasta obra de investigação debruçada sobre o Norte do país. Sempre com forte ligação ao Município, mostrou-se sempre disponível para diversas palestras tendo contribuído com vários estudos sobre a história do concelho. Foi um dos principais impulsionadores no campo multicultural de Melgaço. Foi agraciado com a Medalha de Cidadão de Honra de Melgaço, grau prata. “É com muita satisfação e ao mesmo tempo com muita humildade que recebo esta medalha”, disse o historiador. “Quiseram distinguir o trabalho que tenho feito, mas quero dizer que o fiz com muito gosto. Tem sido um gosto trabalhar para a minha terra!”, exclamou. “Há muitas pessoas espalhadas pelo país e pelo estrangeiro que deveriam também trabalhar do ponto de vista cultural pela nossa terra”, recomendou.
Nesta sessão foram ainda agraciados com a Medalha de Cidadão de Mérito de Melgaço: Carlos Pereira de Lemos; Padre Júlio Hilário Vaz; Dário Humberto Lourenço Barata; Carlos Augusto Alves; Manuel António Ribeiro; Artur José Rodrigues; e António Manuel Domingues. Receberam medalha de Instituição de Mérito a Santa Casa da Misericórdia de Melgaço; a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Melgaço; e Quinta do Soalheiro.
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