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Melgaço

Manoel Batista: ‘As especificidades do território estão a ser desrespeitadas de forma abusiva’

1 Maio, 2015 - 13:22

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Na abertura da Festa do Alvarinho, o autarca de Melgaço voltou a chumbar a liberalização do uso da designação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes.

“As características e as especificidades do nosso território permitem a construção de vinhos de grande qualidade. E isso, de forma abusiva, não está neste momento a ser respeitado no nosso país. Esta diferença não está a ser acautelada”. O alerta foi novamente lançado esta sexta-feira pelo presidente da Câmara Municipal de Melgaço, durante a cerimónia de abertura da 21ª edição da Festa do Alvarinho e do Fumeiro. Manoel Batista voltou à carga e disparou, uma vez mais, palavras de reprovação sobre a liberalização do uso da designação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. “Não podemos concordar com isto. Quero aqui deixar uma palavra de louvor e agradecimento a todos aqueles que têm sabido continuar a lutar para que esta tentativa de apoderarem-se da qualidade dos nossos vinhos não aconteça”, referiu o edil socialista.
Manoel Batista dirigiu ainda palavras de apreço aos produtores do fumeiro da região. “Teve a honra de ser elevado a produto de Indicação Protegida pela União Europeia. A chouriça de carne e o presunto de Melgaço fazem hoje parte de uma lista restrita. Os produtores estão de parabéns. Ao longo de anos a fio foram capazes de afirmar a qualidade do nosso fumeiro”, enalteceu o presidente da Câmara.
A cerimónia contou ainda com a presença do presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). Manuel Machado elogiou a Festa do Alvarinho e definiu-a como um evento “para mostrar a qualidade dos produtos endógenos das nossas comunidades. Para mostrar a capacidade empreendedora e produtiva que os portugueses têm”. O responsável fez ainda questão da “saudar todo este esforço num tempo de chuva e num tempo de alguma angústia que nos chega pelas agruras da vida que outros nos impõem”.
Manuel Machado apontou de seguida o dedo ao atual Governo de coligação. “Desde o princípio que afirmamos que, para derrotar a crise, Portugal teria de contar com a disponibilidade das autarquias e das pessoas. O pedido foi ouvido, mas não foi escutado”, lamentou o presidente da ANMP. “É por isso que hoje continuamos com enormes dificuldades. Fala-se em ‘pipas’ de dinheiro que virão da União Europeia, mas o raio é que a ‘torneira da pipa’ não há meio de abrir”, atirou. “O tempo passa. As dificuldades continuam. As oportunidades perdem-se. Mas, apesar disso, é com mostras como esta que nós conseguimos evidenciar a energia das nossas comunidades”, salientou. “Isso importa muito! Conseguimos valorizar os produtos endógenos e inovar. Nós, autarquias, estamos a trabalhar para o progresso das nossas terras e das nossas comunidades. Estamos a ajudar a recriar a esperança em Portugal”, finalizou.
A Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço vai prolongar-se até domingo. Conta este ano com 74 expositores distribuídos por um recinto coberto com cerca de cinco mil metros quadrados.

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