Maioria recusa chamar presidente da Empordef ao Parlamento para debater futuro dos ENVC, PS lamenta

O Governo de Pedro Passos Coelho rejeitou o pedido do PS de chamar à Comissão de Defesa o presidente da Empordef, para explicar o futuro dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), decisão criticada pelos deputados socialistas.
O pedido foi apresentado pelos deputados socialistas depois da audição na mesma comissão, a 12 de Outubro, do ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, e face ás "respostas genéricas" em relação ao futuro dos ENVC, como situação financeira e carteira de encomendas.
O deputado socialista eleito pelo círculo de Viana do Castelo, Jorge Fão, explica que o requerimento apresentado para chamar Vicente Ferreira foi rejeitado em consequência do voto contra do PSD e do CDS/PP, na Comissão Parlamentar de Defesa. Para Jorge Fão trata-se de uma atitude "negativa" e que o PS "lamenta", dada a importância deste assunto não só para o Alto Minho, como para o país.
Os eleitos socialistas pretendiam a presença "urgente" do presidente da Empordef, holding pública para as indústrias da Defesa e acionista única dos ENVC, "a fim de prestar os esclarecimentos necessários sobre as perspetivas de evolução" da empresa.
Jorfe Fão relembra que os ENVC constituem um pilar fundamental da economia e estrutura social do distrito de Viana do Castelo.
Recorde-se que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, a braços com a maior crise da sua história de mais de 65 anos, apresenta um passivo acumulado de 240 milhões de euros.
O ministério da Defesa Nacional pediu à Empordef uma solução para a empresa até final do mês de Outubro. A Comissão de trabalhadores da empresa vianense continua expectante, mas lamenta a falta de comunicação e a morosidade na tomada de posição.
Depois de rejeitado pelo Governo o pedido do PS para ouvir o presidente da Empordef quanto ao futuro dos estaleiros vianenses, o deputado socialista eleito pelo Alto Minho, Jorge Fão, admite agora avançar com um requerimento de perguntas escritas, caso o Governo não cumpra o prazo de tomada de decisão até à próxima segunda-feira.