Jovens estrangeiros pintaram azulejos na Casa Museu de Monção

A Casa Museu de Monção/Universidade do Minho recebeu ontem 38 alunos estrangeiros, que aprenderam a técnica portuguesa de pintar azulejos. A iniciativa juntou alunos portugueses, finlandeses, noruegueses, polacos, croatas e cipriotas.
O pintor Victor Hugo Sacadura foi o mestre, explicando a tradição portuguesa de pintura de azulejo. Dando inúmeros exemplos de monumentos portugueses, que estão embelezados com os azulejos, o autor demonstrou ainda as diferentes aplicações das técnicas nos dias de hoje. Seguiu-se uma visita à exposição do autor patente na Sala de Exposições da Casa Museu de Monção/Universidade do Minho.
O grupo foi então dividido, alguns alunos puderam aplicar algumas das técnicas explicadas pelo autor nos jardins da Casa Museu onde decorreu a parte prática desta actividade. Enquanto outro grupo percorreu as instalações da Casa Museu de Monção através de uma visita guiada ao espaço museológico.
Inseridos no projeto Comenius, os alunos estão a contactar, durante uma semana, com a cultura e tradição portuguesa. A Casa Museu de Monção e o pintor Victor Hugo Sacadura associaram-se à escola Secundária de Monção e proporcionaram uma manhã de contacto e exploração de uma técnica típica portuguesa. A Professora da Escola Secundária de Monção, Elisabeth Teixeira explica que “fruto de parcerias com instituições locais, como é o caso da Casa Museu de Monção, conseguimos desenvolver este tipo de iniciativas”. A professora responsável pelo projeto referia que “durante uma semana proporcionamos-lhes contactos com as nossas tradições e cultura”.
Victor Hugo Sacadura acredita que estas iniciativas são importantes para a divulgação de uma arte tão portuguesa. O pintor defende que os alunos nacionais também podiam ser incentivados a conhecer estas técnicas, com o desenvolvimento de actividades direcionadas e feitas em parceria com as escolas.Com grande participação dos alunos, o azulejo foi pintado e será cozido em forno a gás a uma temperatura superior a 1000ºC. Depois, o pintor entregará a peça a cada aluno para levar de recordação para o país de origem.