Os trabalhos de reposição do curso natural do Rio Âncora na sua foz e a consolidação das margens do rio estão em condições de avançar imediatamente, garantiu em Vila Praia de Âncora o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva. Ficou ainda a garantia de que em setembro avançará a recuperação da Duna dos Caldeirões. Esta obra vai custar 1,4 milhões de euros. Miguel Alves sublinhou o modo como todas as entidades se envolveram para a resolução deste problema e para o desbloqueamento da verba necessária. Durante a visita, o ministro informou também que a intervenção no Cordão Dunar na Praia de Moledo já foi adjudicada e deverá avançar nos próximos dias.
O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, e o secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, estiveram em Vila Praia de Âncora e foram recebidos pelo presidente da Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves. A acompanhar a visita estiveram o vice-presidente e o diretor da Agência Portuguesa do Ambiente, o vice-presidente da CCDRN – Norte, representantes da POLIS Litoral Norte, o vice – presidente e vereadores da câmara Municipal de Caminha, os presidentes das juntas de freguesia de Âncora e de Vila Praia de Âncora, entre outras entidades. A comitiva esteve nas margens do rio Âncora junto ao Campo do Âncora Praia e junto ao Posto de Turismo de Vila Praia de Âncora, locais onde se observa o problema em causa.
Face às intempéries dos últimos meses, que afetaram todo o litoral, Jorge Moreira da Silva anunciou a abertura de um concurso público no âmbito do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT) “para acudir às intervenções mais necessárias e nas quais Caminha se enquadra”. O ministro explicou que este concurso está orientado para riscos elevados e para a proteção de pessoas e bens, o que “torna obviamente elegível a ação em Caminha”.
Tendo em conta as palavras do ministro, Miguel Alves garantiu que o Município, juntamente com a APA, está preparado para apresentar o projeto em finais de março, princípios de abril. O presidente da câmara realçou a forma célere como todas as entidades se empenharam na resolução deste problema: “em pouco tempo conseguimos dialogar, ter um plano de ação, e mais do que isso, conseguimos ter financiamento para levar por diante uma solução para Vila Praia de Âncora”.
Trata-se de uma intervenção orçada em 1,4 milhões de euros, que será realizada em duas fases. Numa primeira fase, que vai começar dentro de dias, a intervenção consiste na estabilização das margens do rio Âncora, junto ao Campo do Âncora Praia, e a reposição do curso natural do rio. A segunda fase, nas palavras de Miguel Alves “ o essencial da obra”, isto é o trabalho de consolidação da duna, vai acontecer em setembro, depois de encerrada a época balnear “para não colocar em risco a saúde da economia local”. O objetivo é não condicionar á época balnear nesta freguesia que atrai milhares de visitantes todos os anos.
No início da visita, Miguel Alves fez o ponto da situação dos vários danos provocados com a destruição da Duna dos Caldeirões. E apontou, para além das cheias e do mau tempo que se tem verificado, os incêndios que ocorreram durante o verão e que não permitiram a retenção das águas a montante, como possíveis causas, sugerindo a reflorestação nessas zonas.
Sobre a reflorestação das zonas ardidas, Jorge Moreira da Silva anotou a indicação de Miguel Alves e salientou que vai dar a indicação à APA e à CCDRN para articularem esta matéria com a área florestal.
Intervenção no Cordão Dunar na Praia de Moledo avança dentro de dias
Durante a visita, Jorge Moreira da Silva, ainda anunciou que a obra no Cordão Dunar na Praia de Moledo já foi adjudicada e deverá começar dentro de dias. Sobre a tão esperada obra, Miguel Alves salientou: “estamos à espera desta obra há dois anos. É uma obra muito importante para nós e que pode resolver um problema gravíssimo que ali temos”. Esta obra está orçada em cerca de 400 mil euros.
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