PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Alto Minho

Impasse sobre estaleiros de Viana afeta imagem da cidade – empresários

12 Março, 2013 - 12:45

145

0

O presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) admitiu hoje que o impasse no futuro dos estaleiros navais está a afetar a imagem da cidade e empresas que eram fornecedoras, além dos 630 trabalhadores.

O presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) admitiu hoje que o impasse no futuro dos estaleiros navais está a afetar a imagem da cidade e empresas que eram fornecedoras, além dos 630 trabalhadores.

“É uma questão tremenda para o concelho, afeta a própria imagem da cidade. Este impasse é mau para todos, para o tecido comercial, para quem lá trabalha [nos estaleiros] e para quem reside”, criticou Luís Ceia.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) estão em reprivatização há mais de um ano, mas o ministro da Defesa já admitiu, em fevereiro, que a investigação da Comissão Europeia aos apoios públicos atribuídos à empresa “inquina de forma dramática” este processo, admitindo-se nesta altura outros cenários, como a concessão.

“O problema é que não se vê um fim à vista ou capacidade para influenciar a tomada de decisão”, disse ainda o presidente da AEVC, assumindo que o declínio dos estaleiros nos últimos anos teve “fortes impactos” na atividade empresarial da região, nomeadamente nos fornecedores locais.

“Os ENVC já tiveram outra pujança, mais gente, mais fornecedores. Alguns fecharam, outros tiveram capacidade para se adaptarem. Se houver um apagão total, as consequências serão nefastas, mas não apenas para o concelho de Viana do Castelo”, advertiu Luís Ceia.

Para o líder dos empresários locais, a indefinição que se arrasta sobre o futuro dos ENVC “descredibiliza” a própria empresa, “desvalorizando o seu principal ativo”, que era a “imagem”.

Oficialmente, o processo de reprivatização, que está suspenso desde dezembro, conta apenas com o grupo russo RSI Trading, que estendeu a validade da proposta vinculativa por mais 60 dias, até maio.

Na corrida estava também o grupo brasileiro Rio Nave, que não estendeu a proposta apresentada formalmente em novembro, por aguardar informações do Governo português sobre as averiguações em curso por Bruxelas aos 180 milhões de euros de apoios públicos que forma concedidos entre 2006 e 2007.

No entanto, o grupo brasileiro assume manter o interesse nos ENVC.

“O preocupante de tudo isto não é o que se poderá perder [em caso de encerramento], mas o que se deixaria de ganhar com uns estaleiros a funcionar bem, com tecnologia de ponta e um bom mercado”, rematou Luís Ceia.

Últimas