Mais de meia centena de cerveirenses estiveram, este sábado, na cerimónia de inauguração dos mais recentes trabalhos de recuperação e intervenção na antiga central hidroeléctrica do Coura, na freguesia de Covas.
Depois de quatro décadas votada ao abandono, o edifício e a sua envolvente acabam de ganhar uma nova vida, sob a forma de homenagem aos mentores daquela que foi a primeira central hidroeléctrica do Alto Minho.
Ao som das investidas dos Bombos do Divino Salvador de Covas, cerveirenses e entidades oficiais recordaram episódios e sublinharam a importância da central que serviu, até 1974, todos os concelhos do Alto Minho.
Uma história que estará agora retratada, em português e inglês, nos três painéis informativos colocados na fachada do edifício.
Recorde-se que a central está localizada numa zona de elevada afluência de turistas e no trajecto de um trilho pedestre.
Mas este é um trabalho inacabado. No futuro, a junta de freguesia de Covas pretende recuperar algum do antigo espólio da central, um pedido que já foi efectuado à EDP, proprietária do edifício.
Além do escasso espólio, a junta de freguesia prevê ainda recuperar o velho canal e o complexo que integra as casas dos antigos funcionários. Um trabalho de requalificação que só ficará completo com a criação de um museu.
Fundada em 1912, a central de Covas foi a primeira hidroeléctrica do Alto Minho e uma das pioneiras a nível nacional.
Ao serviço da Hidroeléctrica do Coura, empresa da família caminhense Lourenço da Cunha, a central acabou por iluminar todos os concelhos do Alto Minho até 1974, ano em que foi desactivada, com a entrada em funcionamento da central Hidroeléctrica de France.
Em 1976, esta velha central acabou por ser nacionalizada e integrada na EDP – Electricidade de Portugal. Com os anos, foi votada ao abandono e vandalizada.
Este sábado, a velhinha central ganhou uma nova vida.
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