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Alto Minho

Governo galego apela à intervenção de Madrid junto do governo português

21 Janeiro, 2012 - 08:41

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O presidente do Governo Regional da Galiza, Alberto Núnez Feijóo (PP), apelou, esta sexta-feira, à intervenção do Executivo de Madrid junto do governo de Portugal para alertar sobre o efeito das portagens na economia da euro região.

O presidente do Governo Regional da Galiza, Alberto Núnez Feijóo (PP), apelou, esta sexta-feira, à intervenção do Executivo de Madrid junto do governo de Portugal para alertar sobre o efeito das portagens na economia da euro região.

“Vou tentar que o governo atual de Madrid faça chegar a Lisboa os problemas que estamos a ter em algo fundamental como é poder pagar”, apontou o líder galego, em entrevista a uma rádio galega.

A crítica mantém-se sobre a forma de pagamento dos cidadãos galegos que tentam percorrer as antigas SCUT do Norte do País, sistema considerado “discriminatório” entre utilizadores portugueses e estrangeiros.

“O lógico era que os governos de Espanha e de Portugal falassem dos temas que afetam os seus cidadãos. Nas portagens, com o governo socialista [espanhol] anterior, o tema foi levantado pela Galiza e não por Madrid”, afirmou Feijóo.

O líder do governo galego disse ainda que “Madrid e Lisboa estão longe da realidade da euro região” e garantiu que a solução para as atuais dificuldades até pode ser “tecnológica”, através da convergência dos sistemas de pagamento eletrónico dos dois países.

“Espero que rapidamente se encontra uma saída. Esta situação está a prejudicar muitíssimo a economia do Norte de Portugal e os governos centrais têm que saber que há 75 mil pessoas que diariamente cruzam a fronteira, e isso necessita de uma reflexão”, defendeu.

Feijóo reconheceu ainda que a situação “muito delicada” da economia portuguesa tem vindo a concentrar a atenção do governo liderado por Passos Coelho e admitiu que, face às dificuldades “também vividas em Espanha”, a ligação de alta velocidade entre Porto e Vigo deve ser “definitivamente” repensada.

“Devemos dizer a verdade aos cidadãos e depois valorizar uma solução de velocidade elevada. Porque senão vamos continuar apenas a falar”, criticou, defendendo a utilização de fundos comunitários, por exemplo, para a modernização parcial da Linha do Minho.

“Há dez anos que falamos do TGV entre Porto e Vigo sem fazer rigorosamente nada. Temos de passar a projetos realistas”, sublinha, mantendo a convicção que entre os três governos de Direita o assunto poderá em breve ser discutido “formalmente”, mas com um projeto financeiramente viável.

“E que os Governos de Portugal e Espanha digam, de uma vez, a verdade, o que querem. Porque até agora a ligação entre Porto e Vigo [por TGV] não foi uma prioridade para os dois países”, concluiu.
FONTE: “Lusa”

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