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Caminha

Governo admite estudar projeto para tornar rio Minho navegável

23 Maio, 2013 - 12:21

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O Governo português comprometeu-se a estudar o projeto comum das autarquias de Caminha e La Guardia, Espanha, para tornar o rio Minho navegável até 2020, disse hoje à Lusa o vice-presidente do município minhoto.

O Governo português comprometeu-se a estudar o projeto comum das autarquias de Caminha e La Guardia, Espanha, para tornar o rio Minho navegável até 2020, disse hoje à Lusa o vice-presidente do município minhoto.

“Procuramos sensibilizar o executivo para este projeto, que é estrutural para esta região, nos dois lados da fronteira. O governo português comprometeu-se a analisar e a estudar possibilidades de financiamento”, afirmou Flamiano Martins.

Os autarcas de Caminha e La Guardia reuniram-se na quarta-feira com o secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, Paulo Lemos, para apresentar ao Governo o projeto “O Minho que nos une”.

Seguem-se reuniões idênticas, ainda a agendar, “com os governos da Galiza ou de Madrid”, explicou ainda o autarca de Caminha, que se fez acompanhar, em Lisboa, do alcaide galego de La Guardia, José Manuel Freitas.

Depois de uma reunião de trabalho realizada em janeiro, em Caminha, envolvendo todos os autarcas do vale do rio Minho, português e espanhol, o projeto “O Minho que nos une” desenvolveu-se este mês num seminário que decorreu em paralelo nas duas localidades vizinhas, impulsionadoras deste objetivo.

“Queremos aproveitar a potencialidade que o rio Minho tem, em termos turísticos, culturais, patrimoniais e económicos, apresentando um projeto dinamizador e potenciador, que envolva também as pessoas”, explicou, na ocasião, o alcaide José Manuel Freitas.

Nesta altura pretende-se estabelecer a melhor forma de transformar o projeto de navegabilidade numa candidatura a fundos do próximo quadro comunitário de apoio, a vigorar entre 2014 e 2020. Por isso mesmo, a reunião em Lisboa integrou também o diretor do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Galiza-Norte de Portugal, Juan Lirón.

“Na Galiza sentimos um grande entusiasmo com este projeto, que queremos ver passar também para o lado português”, acrescentou Flamiano Martins.

Os autarcas locais acreditam ser possível promover a navegabilidade do rio Minho, entre a foz, em Caminha, e pelo menos Valença, potenciando, nomeadamente, a realização de cruzeiros turísticos, com embarcações até 50 metros de comprimento.

“Não queremos que o rio Minho provoque a separação das duas margens, mas que seja um elo de ligação entre as duas regiões”, apontou ainda o vice-presidente da Câmara de Caminha.

Com a navegabilidade no Minho, os municípios pretendem fomentar a exploração do rio e das suas margens, transformando-o num polo de atração turística e “uma fonte de riqueza para a região”.

Do lado português, o rio Minho atravessa ainda os concelhos de Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço. Trata-se de um rio internacional que nasce a 750 metros de altitude, na Serra da Meira, na Galiza, Espanha. Percorre 300 quilómetros até à foz, dos quais 75 como fronteira natural entre Portugal e Espanha.

No âmbito deste projeto, a Câmara de Caminha já admitiu a possibilidade de uma candidatura do rio Minho a Património Mundial da Humanidade da UNESCO.

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